Transporte coletivo completa um mês de greve em Teresina
Com a greve muitos usuários têm se sentido prejudicados com a falta de ônibus na cidade, e aqueles que precisam do ônibus coletivo ficam por horas esperando.
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, completa um mês nesta segunda-feira (08) e segue sem previsão para acabar. A categoria afirma não ter recebido o pagamento referente ao mês de janeiro.
Com a greve muitos usuários têm se sentido prejudicados com a falta de ônibus na cidade, e aqueles que precisam do transporte público ficam por horas esperando.
- Foto: Luís Marcos/ ViagoraParada de Ônibus
Joana Avelino Oliveira conta que saiu de casa porque precisava ir para uma consulta, mas devido a greve talvez não chegará a tempo. "Vou me atrasar, já era pra ter terminado essa greve, dava pra ter resolvido qualquer negócio, prejudica muito os usuários".
Atualmente apenas 45 vans estão circulando em toda a cidade e mesmo com essa alternativa, os usuários contam que ainda não é o suficiente para atender a demanda, e relatam a demora na espera de ônibus.
A estudante Kessia Fernanda, conta que entende o motivo da greve, mas que se sente prejudicada com a demora nas paradas de ônibus: "Os ônibus já não são bons, a gente ainda passa um tempão na parada, corre o risco de ser assaltada ainda mais. Eu concordo com a greve, porque eles querem receber. Atrapalha a gente, mas não tem muito o que fazer, não tem condição trabalhar de graça", disse.
- Foto: Luís Marcos/ ViagoraKessia Fernanda, usuária do transporte Público
Os veículos fazem trajetos dos bairros a pontos específicos da capital, como shoppings e o Centro Administrativo. As linhas que passam pelos shoppings rodam das 5h às 23h enquanto as demais circulam das 5h às 19h.
A usuária do transporte público, Heliete Aquino, afirma que essa greve é uma irresponsabilidade com a população, e que os governantes não estão tomando as medidas necessárias.
"É uma falta de respeito com todas as pessoas. Nós pagamos esses motoristas, ninguém paga, é nós que pagamos. Se nós tivéssemos esses ônibus, nós não estaríamos esse tempo todo aqui na parada. É uma falta de respeito muito grande para com o povo, dos governantes. O prefeito e o governador, se eles se importassem com o povo, eles tinham que colocar ônibus, comprar ônibus, não é ficar nessa situação do jeito que eles querem", finalizou.
- Foto: Luís Marcos/ ViagoraHeliete Aquino, usuária do Transporte Público
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Marcelino Lopes, afirmou nessa sexta-feira (05), em entrevista coletiva que os empresários do setor aceitaram a proposta da prefeitura em parcelar a dívida de R$ 20 milhões com o sindicato em 20 vezes.
Pelo cálculo do Setut, a dívida acumulada alcançou a casa dos R$ 20 milhões, que deveriam ser pagos em 10 parcelas de R$ 2 milhões. Com a nova proposta da prefeitura, será paga uma entrada inicial de R$ 1,6 milhão e mais 20 parcelas de R$ 970 mil.
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