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O Secretário de saúde relata detalhes de como funcionava o esquema de desvio de recursos na Sesapi

Ernani Maia, informou como foi percebido o desvio pelo órgão.

Durante a coletiva de imprensa realizada na sede Sesapi, no Centro Administrativo, nesta segunda-feira (1º), o secretário de Saúde do Estado, Ernani Maia, informou como foi percebido o desvio pelo órgão.

“Eu mesmo quem fiz a denúncia no dia 2 de julho, após tomar conhecimento de um relatório de auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE), que detectou irregularidades na aplicação de recursos públicos do SUS. Logo em seguida, comuniquei o fato ao superintendente da PF, Nivaldo Farias de Almeida, e ao procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF), Marco Túlio Lustosa Caminha”, lembra.

No dia 27 de setembro, o secretário de Saúde Ernani Maia publicou portaria no Diário Oficial do Estado, instaurando processo administrativo disciplinar para apurar conduta funcional irregular de servidor que ocupa o cargo de auxiliar administrativo, responsável pelo desvio.

Entenda o esquema


O controlador Geral do Estado, Antônio Filho, relatou mais detalhes de como funcionava o esquema de fraude pelo servidor da Secretaria.

“O acusado era responsável por realizar o pagamento das empresas prestadoras de serviços ligadas à Sesapi. Para receber o valor pelo lote, ele inseria no envelope de prestação de contas uma de suas empresas laranja”, esclarece.

Segundo o controlador, o desvio foi percebido porque havia notas que poderiam ser pagas com o fundo, serviços como material elétrico, nos quais a Secretaria não atua diretamente na compra. Por mês, o servidor desvia de R$ 300 a R$ 600.

O secretário de Saúde, Ernani Maia, informou que o funcionário era tercerizado e atuava desde 2004 na Sesapi. “Ele foi afastado assim soubemos do desvio e instauramos um processo administrativo disciplinar contra o servidor”, ressalta.

Questionado sobre a participação de outros funcionários na quadrilha, já que o desvio feito pelo servidor teve início em 2009 e movimentou cerca de R$ 11 milhões, o secretário não quis entrar em detalhes e destacou que todas as investigações estão sendo feitas pela PF, que está fazendo um ótimo trabalho.

“A Sesapi continuará realizando seu trabalho com transparência”, frisa Ernani Maia.

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