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"Faremos uma gestão com eficiência", diz advogado Carlos Henrique

No próximo dia 24 de novembro, acontece a eleição para escolha da nova presidência da OAB-PI.O Viagora começa uma série de entrevistas com os candidatos ao cargo.

A eleição que vai escolher o novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Piauí (OAB-PI) acontece no próximo dia 24 de novembro das 8h às 18h. O Viagora começa uma série de entrevistas com os quatro candidatos à presidência da Ordem.

Graduado pela faculdade CEUT, o advogado Carlos Henrique possui especialização em Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho e tem como candidata a vice-presidente da Ordem Daniela Freitas, disputando pela Chapa 2: Rumo Novo.

  • Foto: Josefa Geovana / ViagoraAdvogado Carlos HenriqueAdvogado Carlos Henrique

O candidato pela oposição, possui escritório próprio na zona Leste de Teresina e durante sua trajetória profissional, teve a oportunidade de ser advogado concurseiro e contratado.

Viagora: Candidato, atualmente, como o senhor vê a OAB-PI, no aspecto de representatividade?

Carlos Henrique: Nós entendemos que a Ordem deixou a desejar na representatividade na advocacia. Nós não vislumbramos na atual gestão uma independência que possa assegurar por quem realmente ela tem que lutar. Sabemos que ela tem que lutar pela advocacia no seu sentido mais amplo, pela sociedade e pelo estado democrático de direito. Hoje infelizmente a Ordem deixou a desejar nesse ponto, principalmente se considerarmos as propostas que foram apresentadas na eleição passada por essa atual gestão onde menos de um terço delas foram cumpridas.

Viagora: O senhor acredita que a OAB-PI é independente? Se não, o que falta para essa independência?

Carlos Henrique: Para presidir a ordem é necessário um advogado eminentemente privado que viva do trabalho privado para justamente poder assegurar essa independência, por isso estamos colocando nosso nome à disposição. Representamos aquele advogado que está nos fóruns todos os dias, sem vinculações políticas, partidárias, sem vinculações com governos ou prefeituras, e a ordem não teve essa independência e em dados momentos essa ausência de independência faltou à advocacia e também à sociedade.

Viagora: Dentre suas contribuições a favor da classe advocatícia, qual, na sua opinião, foi a mais importante?

Carlos Henrique: Fomos o primeiro presidente da Comissão de Direito do Trabalho, que realizou simpósios e elaborou cartilhas para auxiliar as relações de trabalho. Fui conselheiro estadual da OAB-PI no período de 2013 a 2015, representamos a instituição como examinador no último concurso da magistratura realizado pelo TRT-22. Além de termos ministrado várias palestras em várias subseções. Fomos professor do curso de iniciação à advocacia e também de prática trabalhista.

  • Foto: Josefa Geovana / ViagoraAdvogado Carlos HenriqueAdvogado Carlos Henrique

Viagora: Por que o senhor se sente preparado para trabalhar em benefício da classe advocatícia?

Carlos Henrique: Nós nos sentimos prontos porque já temos 15 anos de advocacia eminentemente privada. Nós representamos esses advogados que trabalham diariamente para que no final do mês possam pagar as contas. Durante esses 15 anos tivemos a oportunidade de ser advogado concurseiro, advogado contratado e hoje temos o nosso próprio escritório. Sabemos da importância das comissões para a Ordem, elas são as portas de entrada para a OAB. Faremos uma gestão participativa e com eficiência em prol da advocacia.

Viagora: Quais são as principais propostas da chapa?

Carlos Henrique: Dentre as nossas propostas temos a criação de um aplicativo da OAB Piauí, onde o advogado terá contato com a Ordem para fazer sua reinvindicação. O advogado faz sua reclamação e o funcionário da Ordem vai distribuir a reclamação para a comissão necessária, assim nos aproximaremos o advogado da Ordem e daremos apoio para as comissões administrarem os problemas. Outro ponto é a criação de núcleos regionais de defesas das prerrogativas e da advocacia. Nossa ideia e criar quatro núcleos e quatro subsessões de forma a proporcionarem que, num raio de 200 quilômetros, toda subseção tenha um advogado que será pago por nós para defender a advocacia. Com isso, ganha Teresina e ganha o interior que terá um retorno mais rápido. Para os jovens advogados queremos implementar o projeto escritório modelo. Nós sabemos que o jovem advogado não é preparado para advocacia, as faculdades não preparam para advocacia em si. Para o escritório modelo serão feitos convênios e o advogado irá passar um período de treinamento. Revitalizaremos o cadastro de oportunidades que terá grande divulgação para que a empresa de fora possa contratar diretamente o advogado que vai realizar a sua audiência. Vamos implantar aulas de revisão para os concursos através da ESA e iremos realizar testes seletivos para contratar os professores para o curso. Vamos lutar junto ao Tribunal de Justiça para contratação de novos servidores para termos um judiciário em dois turnos funcionando efetivamente. Queremos expandir os serviços da Cap para as subseções.

  • Foto: Josefa Geovana / ViagoraAdvogado Carlos HenriqueAdvogado Carlos Henrique

Viagora: A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), emitiu nota de repúdio em relação à  Recomendação Ministerial que pede a suspensão de pagamentos a advogados do escritório João Azedo e Brasileiro Advogados Associados com recursos do Fundef. Qual a opinião do senhor sobre isso?

Carlos Henrique: Estamos diante de um contrato feito por advogado e aqueles valores só foram recebidos por conta da atuação do advogado, não podemos coadunar com esse tipo de criminalização da advocacia que é uma verdadeira campanha para que os advogados não recebam seus honorários, ora é importante que os honorários frutos do trabalho dos advogados sejam pagos. Então devemos sempre lutar pela valorização da advocacia.

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