Maternidade Evangelina Rosa Completa 41 anos neste sábado (15)
Hospital atende casos complexos de pacientes no Piauí e estados vizinhos.
A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) completa 41 anos neste sábado (15). A unidade presta atendimento às parturientes e neonatais de alto risco de todo o Piauí e estados vizinhos, sendo a única referência em todo estado. Neste ano, o hospital foi envolvido em polêmicas referentes ao atendimento e ao pagamento de servidores.
A instituição faz parte da história de mais de 40 mil pessoas que nasceram na instituição. É a maior maternidade pública do Piauí, referência em alta complexidade. Por ano, a MDER realiza aproximadamente 11 mil partos. O local passa uma reforma que pretende ampliar o número de leitos neonatais.
- Foto: Reprodução/Street ViewMaternidade Dona Evangelina Rosa em Teresina
Em maio deste ano, a Maternidade Dona Evangelina Rosa registrou uma redução da mortalidade neonatal, que caiu 40%, entre 2016 e 2017. Os dados levantados foram confirmados pelo Núcleo de Epidemiologia da maternidade, que também constatou 126 óbitos de bebês entre janeiro e maio de 2017.
O diretor da maternidade, Francisco Macêdo, explicou que o momento é de traçar estratégias de melhorias no atendimento. “Estamos capacitando os servidores, convocamos recentemente 174 profissionais aprovados no último seletivo, além de estarmos realizando obras na estrutura física da instituição, com o objetivo de melhorar o atendimento”, comenta o gestor.
Serviços
Em abril, o Conselho Regional de Medicina apontou riscos para a saúde de pacientes. Na entrada, havia uma parturiente do município de Regeneração, que estava há 12 horas sem atendimento. No atendimento também houve queixas de superlotação. De acordo com os plantonistas, as causas do problema são falhas na Central de Regulação do Estado.
Foram constatadas diversas falhas na ala cirúrgica, com quadro de funcionários insuficientes para a demanda e no Centro Obstetrício Superior, onde recém-nascidos estavam sendo internados dentro de salas cirúrgicas. Outra falha grave foram as pacientes que ficam durante muito tempo na sala de recuperação pós-anestésica por falta de leitos disponíveis na enfermaria.
A vistoria também constatou leitos sem monitores cardíacos e oxímetro de pulso - obrigatórios pelas normas de saúde – rachaduras em piso e paredes e ausência de ar-condicionado. A lavanderia da Evangelina Rosa também tinha problemas apresentando condições de trabalho insalubres.
- Foto: Divulgação/CRM-PI Rachaduras no piso e no teto verificadas na Maternidade Evangelina Rosa.
No fim do mês de junho, servidores da Maternidade Dona Evangelina Rosa realizaram manifestação em 28 de junho, devido a cortes registrados nos salários referentes à faltas e atrasos. Os funcionários negam as faltas e alegam que o problema está sendo causado por falhas no sistema de ponto eletrônico. O mesmo problema já havia sido reclamado em setembro do ano passado, havendo também outra paralisação.
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