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Hacker diz que Manuela D'Ávila intermediou contato com Intercept

O hacker afirmou durante depoimento que a ex-deputada teria facilitado a divulgação das conversas ao veículo.

Um dos acusados de envolvimento na invasão ao celular do ministro Sérgio Moro contou que teve ajuda da ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) para divulgar as informações de forma pública.

De acordo com o depoimento dado por Walter Delgatti Neto, que atualmente se encontra preso, ele entrou em contato com a ex-deputada solicitando intermédio para chegar ao jornalista Glenn Greenwald do The Intercept Brasil. O detido conta que Manuela foi intermediária desse contato, mas que a princípio não acreditava que Walter possuía esse acervo de conversas entre integrantes do Ministério Público e o ministro Sérgio Moro.

Neto afirmou ter ligado para a ex-deputada no dia 12 de maio, como ela não demonstrou acreditar no que ele dizia, o criminoso enviou a ela uma gravação de áudio de dois procuradores. Manuela chegou a afirmar em suas redes sociais que passou realmente o contato do jornalista a um hacker, mas que este tinha invadido seu aparelho celular.

Disse ainda, em uma nota publicada nas redes sociais, que neste mesmo dia foi comunicada por meio do aplicativo Telegram que o celular dela havia sido invadido no estado da Virgínia, Estados Unidos. Posteriormente recebeu uma mensagem de uma pessoa que se camuflou como alguém que estava inserido na lista de contatos dela. O Intercept também publicou uma nota na noite dessa sexta-feira (26), afirmando que não comenta "assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas" e que a fonte tem total garantia de sigilo mediante a Constituição Federal.

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