Prefeito de Piracuruca não paga dívidas há 5 anos e Agespisa aciona o TCE
A representação foi enviada no dia 18 de novembro deste ano e tem como relator a conselheira Rejane Ribeiro Sousa Dias.
O diretor presidente da Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa), José Ribamar Noleto de Santana, encaminhou para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) uma representação em face do prefeito de Piracuruca, Francisco de Assis Silva Melo, mais conhecido como Assis Mãozinha, para regularizar a dívida de R$ 58.762,39, acumulada pelo município em 5 anos devido à inadimplência no pagamento dos serviços prestados. A representação foi enviada no dia 18 de novembro deste ano e tem como relator a conselheira Rejane Ribeiro Sousa Dias.
A concessionária requereu a instauração de procedimento administrativo para apuração detalhada dos fatos, com a análise minuciosa das infrações à Lei de Responsabilidade Fiscal, à Lei de Improbidade Administrativa e ao Código Penal.
Além disso, também foi solicitada a aplicação das sanções administrativas, civis e penais cabíveis ao prefeito de Piracuruca, assegurando a responsabilização do gestor pelos atos de improbidade administrativa, violação à responsabilidade fiscal e prática de crime de responsabilidade.
O Ministério Público Estadual deve ser comunicado sobre a representação para adotar as providências judiciais cabíveis para a responsabilização penal da prefeitura e recuperação de danos causados à Agespisa.
Dívidas acumuladas e desinteresse em negociações
De acordo com a representação, o município tem descumprido a responsabilidade de pagar os serviços de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto desde 2009, resultando em prejuízos para a Agespisa.
“Ocorre que o Município de Piracuruca-PI utilizou os serviços da concessionária sem efetuar o respectivo pagamento mensal, desde o ano de 2006 até a presente data em alguns imóveis de sua responsabilidade, como se constata no relatório das faturas em anexo, que consta a dívida acumulada nos últimos 5 (cinco) anos. Portanto, na gestão do atual Prefeito Municipal, foi ignorada completamente a responsabilidade do Município de Piracuruca-PI com o pagamento pelo consumo de água”, informou na representação.
O diretor da Agespisa aponta que escolas, hospitais e repartições administrativas estão em débito com a concessionária. Ressaltando ainda que a acumulação das faturas nos dois últimos quadrimestres do mandato de Assis Mãozinha gerou multas e juros de mora pelo atraso, incluindo ainda tarifas de consumo de água e serviços de coleta e tratamento de esgoto não pagos.
Diante da situação insustentável, a Agespisa tentou solucionar o caso extrajudicialmente, propondo negociação de prazos e condições de pagamento para que o débito fosse quitado. No entanto, o prefeito ignorou os contatos e notificações da concessionária, demonstrando total desinteresse em regularizar a dívida.
O diretor presidente José Ribamar enfatizou ainda que a prática do município representa um desrespeito às obrigações contratuais e legais, bem como à própria população. Além de configurar inadimplência contratual, a Agespisa explicou que demonstra falta de planejamento e gestão fiscal por parte do prefeito de Piracuruca.
Confira os extratos dos débitos feitos pelo município de Piracuruca:
Outro lado
O Viagora procurou o prefeito de Piracuruca sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria o gestor Assis Mãozinha não atendeu as ligações.
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