Profissionais da rede pública de saúde de Teresina fazem protesto
O representante do SENATEPI disse que o protesto desta terça (2) foi necessário e é pacífico, mas se a categoria decidir, poderá haver uma greve, caso não atendam as reivindicações.
Na manhã desta terça-feira (2), o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI) realizou uma manifestação, juntamente com os técnicos e enfermeiros, em frente a Prefeitura de Teresina.
Segundo os manifestantes, o protesto é para reivindicar o Corte da majoração da insalubridade, Corte do adicional de plantão; Corte de salários do setor Covid; Descontos abusivos por faltas; Uso das verbas do Previne sem repassar a categoria; Paralisação de advertência; e haverá uma greve por tempo indeterminado, caso não haja acordo.
O diretor do SENATEPI, José Orlando, disse ao Viagora que o salário dos plantões extras foram cortados, e só estão recebendo 40% do valor.
“Estamos reivindicando o corte dos 20% da insalubridade e o corte dos plantões extras, que nós só estamos recebendo 40% desses extras”, disse.
O superintendente do SENATEPI, Jardel Cruz, disse a reportagem, que o protesto desta terça (2) foi necessário e é pacífico, mas se a categoria decidir, poderá haver uma greve, caso não sejam atendidas as suas reivindicações.
“Hoje o protesto foi necessário, pacificamente, mas se caso a categoria decidir e não forem atendidas nossas reivindicações e nossos direitos pode haver sim uma greve, mas no momento não tem nada definido”, esclareceu.
Jardel Cruz mostra sua insatisfação com o fechamento dos Hospitais de Campanha, pois, segundo ele, os órgãos de saúde e os gestores já sabiam a possibilidade de uma segunda e terceira onda do novo coronavírus, porque a pandemia ainda não acabou.
“A Covid-19 ainda não acabou, estamos vivendo a epidemia desde o ano passado e não cessou. Sabia-se que iria ter a segunda onda, sabe-se que vai ter a terceira. E os gestores tanto municipais quanto estaduais, desativaram os hospitais de campanha”, ressaltou.
Para o superintendente, os profissionais se sentem tratados como “cachorros”, pois não estão sendo respeitados como antes, que no início eram como heróis.
“Não respeitam os servidores, não estão pagando a insalubridade de 40%. O plantão extra, estamos recebendo 40%, então assim, hora éramos chamados de heróis pelas duas gestões, agora somos tratados como cachorros, nem cachorro é tratado dessa forma, somos como lixo. Merecemos respeito”, disse.
Ainda de acordo com Jardel, os servidores trabalham incansavelmente e precisam do repasse federal, pois estão colocando em risco, sua própria família e, a gestão municipal precisa fazer o repasse que é de direito.
“Trabalhamos a pandemia toda, perdemos vários colegas de trabalho, nossas famílias adoeceram. Trabalhamos incansavelmente fora de casa e precisamos ver repasse federal e precisamos que a gestão municipal pague o que é de direito”, concluiu.
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