Coronavírus: Ambulantes sofrem com queda nas vendas em Teresina
Segundo os vendedores, a diminuição da frota de ônibus em circulação na cidade é um dos fatores que contribuem para a queda nas vendas.
Com a pandemia da Covid-19, e a baixa movimentação no Centro de Teresina, os ambulantes que realizam a venda de água, frutas, bombons e outras mercadorias em paradas e praças da cidade têm percebido a queda nas vendas.
De acordo com os vendedores, a diminuição da frota de ônibus em circulação na cidade é um dos fatores que contribuem para a queda nas vendas, como relata o vendedor José Maria.
“O movimento não está 100%, tem umas lojas que estão abrindo parcialmente, a parte do tempo que elas estão abertas a gente vai vendendo. O movimento não está 100%, os ônibus não estão rodando 100%, e a gente tá levando, não como antes”, explica o ambulante.
Já o vendedor Manuel Simas relata sobre os prejuízos causados principalmente para aqueles que vendem frutas, já que a mercadoria muitas vezes não está própria para a venda no dia seguinte.
“Caiu, geralmente as pessoas que vendem banana, laranja, essas coisas, eles estão se dando mal, porque é um produto que hoje tá bom amanhã não está, amanhã já está fora de preço. Caiu a produção de rendimento para o camelô ter o lucro”, afirma Manuel Simas.
Mesmo com a ampliação do horário de funcionamento do comércio do Centro de Teresina, até às 18h, os ambulantes relatam que além da demora na espera dos ônibus, a falta de segurança na parte da tarde contribui para o baixo movimento nas vendas.
“O termo de segurança está péssimo. Aqui a partir de 14h fica um terrorismo. As pessoas que chegam para comprar um bombom já estão com medo de ficar no período da tarde. O que o camelô pode pedir é que coloque segurança aqui para ele trabalhar mais tranquilo”, comenta.
A vendedora Socorro Abreu, que tem uma banca próximo ao Mercado Central, afirma que as pessoas ainda não se sentem seguras em ir ao Centro comprar, e o reflexo disso é visto nas vendas. A vendedora relata ainda que o movimento está abaixo do esperado.
“As pessoas ainda estão com medo de vir para o Centro. Caiu muito [as vendas], muito mesmo, é a gente aprendendo a viver novamente. Eu creio em Deus que vai melhorar, que a gente vai superar tudo isso, que a economia vai voltar a andar de novo. Se não tivesse esse auxílio tava muito pior, mas no dia que tá saindo as pessoas vem para o Centro comprar, mas essa semana tá muito parado. A semana anterior foi baixa demais em todos os setores”, desabafa a vendedora.
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