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Covid-19: Obesidade é identificada em 12% dos infectados em Teresina

Segundo a prefeitura, os dados se refletem nos números de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o problema também ocupa o terceiro lugar entre os fatores de risco mais presentes.

Dentre os fatores de risco para o agravamento da Covid-19, a obesidade tem se mostrado um dos mais predominantes. A sétima fase da pesquisa sorológica realizada pela Prefeitura de Teresina revelou que este já é o terceiro fator de risco predominante entre as pessoas diagnosticadas com a doença, com uma ocorrência de 12%.

Segundo a prefeitura, os dados se refletem nos números de atendimentos das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o problema também ocupa o terceiro lugar entre os fatores de risco mais presentes.

Dados da Diretoria de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS) mostram que, entre os casos de síndromes gripais já atendidos pelas UBS, 330 foram com pessoas obesas, o que corresponde a 3,8%. Entre os óbitos já notificados na capital, a obesidade ocupa o quarto lugar entre as comorbidades mais registradas, e esteve presente em 8% dos pacientes que faleceram por Covid-19.

A obesidade caracteriza-se pelo índice de massa corporal (relação entre o peso e a altura do paciente) acima de 35. Um dos fatores que contribuem para o agravamento da COVID-19 em pessoas com esta condição é que, como explica o infectologista da FMS, Kelsen Eulálio, a obesidade severa pode afetar os pulmões, o que faz o paciente ter dificuldade para respirar normalmente, ou mesmo sofrer apneia do sono e problemas de oxigenação.

Além disso, a obesidade, por si só, causa um estado de inflamação crônica no corpo. “Esta condição afeta o funcionamento das células e de suas superfícies, que interrompem sua função natural de barreira protetora e facilitam o ataque de vírus como o coronavírus”, explica Kelsen Eulálio. “O excesso de peso tem efeitos negativos no sistema imunológico, como a diminuição da produção de proteínas vitais para defender o corpo contra possíveis infecções”, alerta o infectologista.

O infectologista ressalta ainda que a obesidade geralmente está por trás de muitas das condições pré-existentes que foram definidas como de alto risco para a possível disseminação do coronavírus. “Trata-se de um fator conhecido para o desenvolvimento de hipertensão e doenças cardiovasculares. Ao mesmo tempo, alguns estudos sugerem que pessoas obesas têm três vezes mais risco de ter diabetes”, explica Kelsen Eulálio.

Por isso, ele ressalta que todas as pessoas precisam cuidar da sua saúde nesse momento de pandemia, principalmente as que fazem parte do grupo de risco. “É preciso manter boa alimentação, hidratação e fazer exercício físico dentro das suas próprias casas, além de seguir as normas recomendadas pelo Ministério da Saúde para evitar proliferação do Coronavírus”.

A FMS orienta que as pessoas com sintomas de Covid-19 devem procurar uma das 19 Unidades Básicas de Saúde dedicadas exclusivamente ao atendimento de síndromes gripais. Há ainda os hospitais do município e as três UPAs para atender casos de urgência. Em caso de dúvidas, elas podem ligar para o Alô Saúde Teresina, por meio do número 0800 291 0084, em que podem receber atendimento de médicos da Estratégia de Saúde da Família.

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