"Queremos zerar cirurgias eletivas no Piauí", diz Valter Alencar
O candidato do PSC participou de uma série de entrevistas que o Portal Viagora está realizando com os políticos que concorrem ao Governo do Estado.
Nas eleições 2018, dez nomes disputam o Governo do Estado no Piauí. O Viagora está realizando uma série de entrevistas com os candidatos ao cargo.
O advogado Valter Alencar candidato pelo Partido Social Cristão (PSC), é atualmente presidente do partido no Estado. Ele já ocupou o cargo de juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, onde também chegou a assumir a presidência da Casa.
Valter Alencar já foi, ainda, ouvidor geral da Justiça Eleitoral do Piauí e diretor da Escola Nacional de Advocacia.
- Foto: Vitor Fernandes/ViagoraCandidato fala sobre suas propostas
Durante a entrevista o candidato criticou a atual gestão e falou sobre as propostas do seu plano de governo, ressaltando que o Piauí precisa de mudança.
Viagora: Sabe-se que o Piauí enfrenta dificuldades em diversos setores. Qual a sua análise da atual conjuntura do Estado?
Valter Alencar: Eu entendo que o Piauí precisa gerar oportunidades de trabalho, promover a saúde de uma forma responsável, para, por exemplo o índice de mortalidade infantil não ser mais um dos maiores do Brasil. Quanto a segurança, deve-se deixar com que as famílias, jovens e terceira idade, possam trafegar tranquilamente pelas ruas. A segurança pública precária invade a vida das pessoas causando pânico, terror e mortes. Em 2016, mais de 700 pessoas morreram no Estado do Piauí, um número alarmante. Todas essas ações precisam ser sanadas imediatamente e banir a corrupção. São atos que se nós fizermos de uma forma conjunta promoverão a geração de emprego e trabalho, tirando o Piauí do atraso e colocando as pessoas no desenvolvimento econômico.
Viagora: Candidato, caso seja eleito o senhor pretendo realizar uma reforma administrativa?
Valter Alencar: Claro, acredito que a reforma administrativa significa valorizar as pessoas do governo, colocar as pessoas certas nos lugares certos, não adianta um Estado ter um cabide de empregos gigantesco que atende, exclusivamente, a favores políticos e principalmente que incham a máquina pública e muitas vezes nem trabalham. Precisamos deixar a máquina pública, assim como todas as secretarias, reduzidas em um número que possa colocar as ações do Estado em conformidade com o anseio das pessoas, trabalhando, produzindo o que o Estado precisa, fazendo um Piauí melhor.
Viagora: Com relação a Educação, como o senhor pretende melhorar os índices de evasão e baixo rendimento dos alunos?
Valter Alencar: Temos um projeto na área da educação, ele se inicia valorizando as famílias, dando ao ensino médio algo importante que é a valorização do aprendizado e atrelando ao ensino médio o ensino profissionalizante. Esse ensino, de acordo com pesquisas do Senai, ele possibilita 50% a mais na geração de emprego e 15% a mais nos salários que eles deveriam ter, reestruturando as escolas, pois temos dinheiro, são quase dois bilhões em recursos da educação. Portanto, vamos reestruturar as escolas, capacitando mais do que nunca o professor, valorizando os servidores da educação não apenas com salários dignos, nós iremos incrementar e fomentar que os professores de 20 horas se associam a um poder de aumento na sua tabela de horas, criando professores de 20 horas e de 40 horas fazendo com que esse potencial seja ampliando e dando bonificação a esses professores que apresentarem resultados. Já temos isso no setor público. Vamos reformar o trabalho, a escola a educação tanto na parte física como na parte das pessoas.
- Foto: Vitor Fernandes/ViagoraValter Alencar explica como vai combater o feminicídio, caso seja eleito
Viagora: O Piauí tem uma das maiores taxas de feminicídio do Brasil. Como o senhor pretende mudar essa realidade?
Valter Alencar: Primeiro, é um número alarmante, iremos combater o feminicídio com a ampliação das delegacias voltadas para essa especialidade infeliz que temos no Piauí. Ampliaremos para todas as sete regiões e devemos trazer não só delegacias especializadas no combate ao crime contra a mulher como as demais que não existem hoje funcionando. Faremos concursos para ampliar o número de delegados e existem receitas para isso, que vou buscar no Governo Federal, como ter o atendimento da política pública a violência contra a mulher, mas isso é uma ação integrada, como ampliar para a área das fronteiras o combate ao crime organizado da droga que também termina reunindo situações que afetam a mulher e famílias. O combate às drogas também é uma das bandeiras que teremos.
Viagora: Como o senhor pretende fomentar o desenvolvimento industrial no Estado?
Valter Alencar: A Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem uma pauta que nós podemos destacar três itens, primeiro o turismo, cada turista que vem ao nosso Estado gera seis empregos diretos e indiretos, essa relação de emprego e turismo é algo que nós queremos empreender, focando para as áreas do norte de Parnaíba e toda aquela macro região, e toda a área do sul do Estado a região de Corrente, fazendo um turismo responsável. Nós ampliaremos e fortaleceremos uma das bandeiras que é a geração de emprego. Mas nós precisamos ter segurança, na medida que temos segurança jurídica nesse caso, nós fortalecemos a vinda de empresas que vão acreditar nos “is” que eu aposto, inovação e isenção, que são maneiras de atrair empresários para vir investir no Piauí, e o terceiro i é o da infraestrutura. Se nós fizermos esse dever de casa, seremos atrativos e conseguiremos atrair os empresários. Com isso, nossa mão de obra será capacitada para enfrentar a oportunidades do emprego na indústria, capacitaremos com a ajuda do Sebrae, do Senai, e do Senac, fortalecendo aquilo que é tão potencial para o nosso negócio. Precisamos também ter a terceira bandeira que é terminar as obras inacabadas. Grande parte delas geradora de uma quantidade enorme de empegos, como as obras estruturantes, não só as rodovias que estão estancadas na saída de Teresina como também a do Rodonel, obras que vão tirar o Piauí da seca, as adutoras, por exemplo, no norte e na área do sul do Estado que sofrem da seca, vivem no tempo do atraso. Com essas ações conjuntas a realidade do Piauí é de oferecer geração de trabalho. São muitas as pessoas que só veem o governo como tábua de salvação, é a realidade de um governo que tem uma lei de responsabilidade afetada de morte a ponto de fazer pedaladas, uma máquina tão inchada de servidores que estão buscando a salvação no emprego público e será exatamente a porta de saída dessas pessoas que buscaram um caminho de desenvolvimento econômico, com emprego, dignidade e salários condizentes.
- Foto: Vitor Fernandes/ViagoraCandidato fala sobre as propostas para Saúde
Viagora: Candidato, o Piauí é um grande polo de produção de energias eólica e solar. No entanto, em vez de utilizarmos essa energia aqui, ela é vendida. Como o senhor faria para mudar essa situação?
Valter Alencar: Em primeiro lugar, existe realmente o investimento nessa energia renovável que é a solar e a eólica. A eólica ela é tratada de outra forma, é diferente da energia do biodiesel e da hidrelétrica onde existem compensações financeiras. Essa energia não deixa no Piauí nenhum tipo de benefício ou de imposto e o pior, ela vai embora do Estado, alimentando a rede brasileira de energia. Portanto, toda possibilidade que o Piauí poderia ter para sanar a deficiência de energia que nós temos, não traz ao Estado a realidade que precisamos. A nossa mão de obra não é capacitada para essa manutenção das torres, e o que fica é uma renda de até R$ 1.800 daqueles que conseguem ser os donos daquelas áreas que passam a receber aluguéis. Muitas vezes, essas pessoas que têm suas terras vendem esses recursos e isso é uma realidade que precisamos mudar. Há uma discussão no Congresso Nacional para disponibilizar a cobrança dos royalties, portanto tudo isso é algo que terei como uma bandeira no nossso governo para buscar a permanência da geração de receita para o tributo no Piauí.
Viagora: Qual a principal proposta do seu plano de governo para a Saúde?
Valter Alencar: A saúde do Estado está num estado de calamidade pública, hospitais desaparelhados, infraestrutura zero e as pessoas morrendo, um exemplo é a maternidade Evangelina Rosa, hoje a maior taxa de mortalidade reconhecida, de cada mil crianças 43 morrem. Quando pensamos nisso, a Evangelina Rosa está em Teresina, imagina-se então o que acontece nas cidades do interior do Estado. Precisamos reformular esse conceito de saúde do Piauí, iremos ter o hospital da criança, iremos planejar os hospitais do câncer e do coração, porque temos recursos para isso, de onde os trarei, resgatando dos desvios que hoje são praticados. Nós iremos redimensionar valores e fazer o contingenciando de prioridades e de outros recursos, como o do Governo Federal, nós encontraremos fontes que trarão recursos para o Piauí porque encontrarão segurança jurídica que irá cumprir com uma realidade da saúde pública que hoje está desacreditada. Iremos zerar as cirurgias eletivas, utilizar recursos próprios do Estado que iremos fomentar do Governo Federal e instituições. Queremos zerar as cirurgias eletivas do Piauí em seis meses de gestão, essa é a nossa prioridade número 1.
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