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Presidente Jair Bolsonaro decide demitir Roberto Alvim

Alvim usou uma frase do Ministro da Propaganda da Alemanha nazista ao anunciar o Prêmio Nacional das Artes.

Nesta sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, segundo Luiz Ramos, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República.

Alvim usou uma frase do Ministro da Propaganda da Alemanha nazista ao anunciar o Prêmio Nacional das Artes. O secretário negou citação direta, disse desprezar o Nazismo e falou que houve uma "associação remota e uma coincidência retórica entre os discursos". 

A repercussão da fala do secretário, no entanto, foi tão grande que houve pressão do Congresso, do Judiciário e da comunidade judaica para a sua demissão. No final da manhã ele foi chamado ao Palácio do Planalto para conversar com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. 

As primeiras reações, logo no início da manhã, vieram dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, este último judeu. Maia publicou nas redes sociais um pedido de demissão e Alcolumbre ligou para o presidente da República. Partidos, como o Republicanos e o PSDB também repudiaram a fala de Alvim. 

Além do Congresso, a fala gerou repercussão do presidente do STF, Dias Toffoli, e do ministro Gilmar Mendes. A comunidade judaica também publicou comunicado sobre a fala. 

Em vídeo divulgado pela Secretaria Especial de Cultura Alvim diz que: "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada".

Em obra de Peter Longerich, Goebbels: uma biografia, o líder nazista disse: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".

Fonte: R7

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