Congresso Nacional celebra centenário da Academia Piauiense de Letras
A sessão solene de celebração aconteceu nesta segunda-feira (21) no Plenário do Senado Federal.
O centenário da Academia Piauiense de Letras foi celebrado nesta segunda-feira (21) em sessão solene do Congresso Nacional, proposta pelo senador Elmano Férrer (Pode-PI) e pelo deputado Paes Landim (PTB-PI). A sessão aconteceu no Plenário do Senado.
- Foto: Roger BezerraAcademia Piauiense de Letras.
A Academia Piauiense de Letras, com sigla APL, é o órgão máximo das letras no estado brasileiro do Piauí, fundada em 30 de dezembro de 1917, com sede em Teresina.
As primeiras tentativas de criação de uma agremiação literária no Piauí ocorreram no princípio do século XX, mais precisamente em 1901, quando, promovida por alunos e recém-formados da Escola de Direito do Recife, registrou-se uma primeira reunião preparatória.
A Academia Piauiense de Letras foi criada, efetivamente, por um grupo de intelectuais, em 30 de dezembro de 1917, no salão do Conselho Municipal. A ideia inicial era organizar, em Teresina, a exemplo de outras capitais de estados da Federação, um grêmio literário, tendo por fim a cultura da língua e o desenvolvimento da literatura piauiense.
O grupo era formado de expressivos nomes da intelectualidade piauiense de então. A sessão pioneira foi presidida pelo brilhante poeta Lucídio Freitas sendo, na oportunidade, escolhida a primeira diretoria, assim constituída: Presidente – Clodoaldo Freitas, Secretário Geral – João Pinheiro, Primeiro Secretário – Fenelon Castelo Branco, Segundo Secretário – Jônathas Baptista, Tesoureiro – Antônio Chaves, Bibliotecário – Édison Cunha. Além dos citados, estiveram presentes a essa sessão histórica Benedito Aurélio de Freitas, Celso Pinheiro, e Higino Cunha.
A posse da recém-criada Academia ocorreu na mesma sessão. Foram elaborados o estatuto e o regimento interno, registrados em cartório e publicados no jornal O Piauhy, edições de 12 e 22 de agosto de 1918.
Outros intelectuais foram chamados, posteriormente, a integrar a Academia Piauiense, entre eles os poetas Da Costa e Silva e Félix Pacheco, este já membro da Academia Brasileira de Letras, dessa forma completando as 30 cadeiras inicialmente previstas.
Na presidência do Desembargador Simplício de Sousa Mendes, na década de 50, o quadro foi ampliado para 40 cadeiras, como é o caso da Academia Francesa, modelo universalmente copiado pelas academias de letras. Os membros são eleitos e depois de empossados se tornam vitalícios.
Até 1986 a Academia Piauiense de Letras não dispunha de sede própria, quando, graças ao empenho do então Secretário de Cultura, Jesualdo Cavalcanti Barros, foi adquirido pelo Governo do Piauí o atual prédio, localizado na Avenida Miguel Rosa.
A nova sede, uma construção de linhas clássicas, acomodou todos os serviços da Academia, contando inclusive com espaço para as sessões. Mais tarde, iniciado pelo então presidente Wilson Brandão, foi edificado em terreno contíguo um auditório, no qual se realizam as sessões solenes, inclusive posse dos novos membros.
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