Aluna da UnB leva chutes, soco e é chamada de "lésbica nojenta" no câmpus
Polícia e reitoria investigam agressão ocorrida na segunda-feira no estacionamento da universidade
A Universidade de Brasília (UnB) abriu sindicância para apurar a agressão sofrida por uma aluna do 5º semestre de Agronomia no estacionamento do Instituto Central de Ciências (ICC), no campus Darcy Ribeiro, na última segunda-feira (18). Segundo relatou a jovem, que registrou ocorrência policial, ela foi empurrada e levou vários chutes no corpo quando abria a porta do carro, às 17h. O agressor, que a chamou de "lésbica nojenta" fugiu, após ter dado um soco em seu rosto.
Ferida, com o nariz sangrando, a estudante foi dirigindo até sua casa, onde foi socorrida pela mãe, que a levou ao hospital mais próximo. Na quinta-feira (21), elas foram até a reitoria da universidade entregar a ocorrência e relatar os fatos.
“Não consigo pensar, sair de casa. Estou com medo”, afirmou com os olhos marejados, a perna esquerda engessada, o braço direito enfaixado, o rosto com hematomas e o corpo apoiado sobre muletas.
Uma comissão da universidade terá 30 dias para levantar informações que possam ajudar a esclarecer a agressão, como o contexto em que ocorreu, a ação da segurança, se houve e o que dizem as testemunhas e até identificar o autor. Funcionários da Prefeitura do câmpus já estão levantando as imagens registradas pelas quatro câmeras de vigilância instaladas no estacionamento da Ala Sul do ICC, onde a agressão se deu.
Agentes da Delegacia e familiares da estudante afirmaram que a Polícia já tem um suspeito. Na tarde da quarta-feira, a vítima foi ao Instituto de Criminalística produzir o retrato falado do agressor. Os investigadores acreditam que o criminoso sabia quem é aluna.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Grupo de Trabalho de Combate à Homofobia na UnB divulgaram notas de repúdio à agressão sofrida pela estudante e realizaram um protesto nesta sexta-feira. “É inaceitável que atos de homofobia ainda ocorram em nossa sociedade. A universidade é o templo da livre expressão da vontade e não de arcaísmos de qualquer ordem”, afirma o professor da Faculdade de Educação José Zuchiwschi, coordenador do GT. “Buscamos uma UnB e uma sociedade na qual os indivíduos não sejam julgados pela sua classe, pelo seu gênero, pela sua orientação social ou pela cor da sua pele”, diz a nota do DCE, que organizará, de 15 a 19 de abril, a Semana da Tolerância e Diversidade.
Uma amiga da estudante agredida, aluna de Engenharia Florestal, relatou, enquanto aguardava o depoimento da amiga à reitoria, casos de ofensas verbais que presenciou nos últimos meses no câmpus em consequência de orientação sexual. “Agressões e homofobia estão virando rotina”, afirma. “Estamos indignados e esperamos providências. É preciso garantir as condições para coisas assim não ocorram”, desabafa outra amiga da vítima, aluna de Química, que também a acompanhou à reitoria.
A decana de Assuntos Comunitários da universidade, Denise Bomtempo, anunciou nesta sexta que até abril será criada a Diretoria da Diversidade com o propósito de definir políticas de respeito à cor e à orientação sexual e prevenção à violência, além de combate ao preconceito.
Ferida, com o nariz sangrando, a estudante foi dirigindo até sua casa, onde foi socorrida pela mãe, que a levou ao hospital mais próximo. Na quinta-feira (21), elas foram até a reitoria da universidade entregar a ocorrência e relatar os fatos.
“Não consigo pensar, sair de casa. Estou com medo”, afirmou com os olhos marejados, a perna esquerda engessada, o braço direito enfaixado, o rosto com hematomas e o corpo apoiado sobre muletas.
Uma comissão da universidade terá 30 dias para levantar informações que possam ajudar a esclarecer a agressão, como o contexto em que ocorreu, a ação da segurança, se houve e o que dizem as testemunhas e até identificar o autor. Funcionários da Prefeitura do câmpus já estão levantando as imagens registradas pelas quatro câmeras de vigilância instaladas no estacionamento da Ala Sul do ICC, onde a agressão se deu.
Agentes da Delegacia e familiares da estudante afirmaram que a Polícia já tem um suspeito. Na tarde da quarta-feira, a vítima foi ao Instituto de Criminalística produzir o retrato falado do agressor. Os investigadores acreditam que o criminoso sabia quem é aluna.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Grupo de Trabalho de Combate à Homofobia na UnB divulgaram notas de repúdio à agressão sofrida pela estudante e realizaram um protesto nesta sexta-feira. “É inaceitável que atos de homofobia ainda ocorram em nossa sociedade. A universidade é o templo da livre expressão da vontade e não de arcaísmos de qualquer ordem”, afirma o professor da Faculdade de Educação José Zuchiwschi, coordenador do GT. “Buscamos uma UnB e uma sociedade na qual os indivíduos não sejam julgados pela sua classe, pelo seu gênero, pela sua orientação social ou pela cor da sua pele”, diz a nota do DCE, que organizará, de 15 a 19 de abril, a Semana da Tolerância e Diversidade.
Uma amiga da estudante agredida, aluna de Engenharia Florestal, relatou, enquanto aguardava o depoimento da amiga à reitoria, casos de ofensas verbais que presenciou nos últimos meses no câmpus em consequência de orientação sexual. “Agressões e homofobia estão virando rotina”, afirma. “Estamos indignados e esperamos providências. É preciso garantir as condições para coisas assim não ocorram”, desabafa outra amiga da vítima, aluna de Química, que também a acompanhou à reitoria.
A decana de Assuntos Comunitários da universidade, Denise Bomtempo, anunciou nesta sexta que até abril será criada a Diretoria da Diversidade com o propósito de definir políticas de respeito à cor e à orientação sexual e prevenção à violência, além de combate ao preconceito.
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