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Poupança tem retirada líquida recorde de R$ 103,24 bi em 2022

De acordo com o levantamento do BC, a retirada líquida é a maior para um ano desde o início da série histórica, em 1995.

 O Banco Central (BC), nesta quinta-feira (5), divulgou que o aumento na rentabilidade foi insuficiente para manter o interesse na aplicação financeira mais tradicional do Brasil. Os brasileiros retiraram R$ 103,24 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança em 2022.

De acordo com o levantamento do BC, a retirada líquida é a maior para um ano desde o início da série histórica, em 1995. No ano de 2015, foi registrado o maior recorde quando os correntistas tinham sacado R$ 53,57 bilhões a mais do que tinham depositado na poupança.

Conforme o balanço, o resultado poderia ter sido pior se não fosse o desempenho de dezembro, onde houve captação líquida com os depósitos superando os saques em R$ 6,26 bilhões. Mesmo com resultado positivo, foi a captação mais baixa para dezembro desde 2015.

Ainda de acordo com o BC, no ano passado a caderneta registrou captação líquida apenas em dois meses: abril e dezembro. Nos demais meses, a retiradas superaram os depósitos, em um cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic, porém outras aplicações de renda fixa mais atraentes que a poupança.

Já em 2020, a poupança registrou captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões. Ajudando para o resultado a instabilidade no mercado emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal. Já em 2021, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicações foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a forte crise econômica levou os brasileiros a sacar recursos da aplicação, mostrou o balanço do Banco Central. 

Rendimento

Segundo o Banco Central, pouco tempo atrás, a bolsa rendia 70% da taxa de Selic (juros básicos da economia). Desde o mês passado de 2022, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Hoje, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez em dois anos.

O levantamento do Banco Central apontou que em 2022, a aplicação rendeu 7,9%. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (PCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 5,9%. O IPCA cheio de 2022 será divulgado na próxima terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com informações Agência Brasil 

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