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Moro deve ser ouvido por quatro comissões da Câmara na terça

Os deputados querem esclarecimentos sobre conversas publicadas pelo site The Intercept, atribuídas a Moro e ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Na próxima terça-feira, 2 de julho, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, deve ser ouvido por quatro comissões da Câmara dos Deputados: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ); de Trabalho, Administração e Serviço Púbico; de Direitos Humanos e Minorias; e de Fiscalização Financeira e Controle.

Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept, que publicou mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o promotor Deltan Dallagnol.

Na última quarta-feira (26), o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), informou ter recebido correspondência do Ministério da Justiça sobre a disposição de Sérgio Moro em comparecer à Câmara.

O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Helder Salomão (PT-ES).

“Alguns deputados e as próprias comissões estão buscando entender por que o ministro não compareceu. Ele deve explicações à sociedade brasileira. Ele precisa se explicar. Ele precisa explicar os bastidores da Lava Jato”, disse o parlamentar.

Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do The Intercept, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões do então juiz. Na reunião, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de hackeamento e que as conversas não eram autênticas.

O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita.

A reunião com o ministro da Justiça, Sergio Moro, está marcada para esta terça-feira (2), a partir das 14 horas.

Com informações da Agência Câmara.

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