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Polícia Civil do Piauí deflagra Operação Propinagem em Teresina

A operação é coordenada pelo Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) que está dando cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí, através da Polícia Civil, realiza nesta segunda-feira (13) a Operacão Propinagem com o objetivo de desarticular uma associação criminosa formada por técnicos fazendários da Secretaria Estadual de Fazenda e empresários.

A operação é coordenada pelo Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) que está dando cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão.

Em entrevista ao GP1, o delegado geral Riedel Batista falou que a operação está em andamento, por isso não pode dar muitos detalhes. "Até o momento 10 pessoas já foram presas, mas ainda temos mandados a cumprir. Não podemos dar muitos detalhes porque a operação ainda está acontecendo", disse.

O delegado do Greco, Carlos César deu mais detalhes de como surgiu a operação. “A investigação começou em setembro do ano passado. Uma vítima procurou o Greco dizendo que estava sendo extorquida por técnicos fazendários e demos início a investigação. A investigação ao longo de todos esses meses comprovou a existência de uma organização criminosa ligada aos técnicos fazendários que fazem fiscalização de transportes de mercadorias, tanto em postos ficais, como em ruas, são as fiscalizações volantes chamadas blitzen. Essas pessoas estavam cobrando propina de empresários e isso configura crime de organização criminosa , de corrupção na área tributária. Empresários da área de madeira, de água e refrigerantes e carnes estão envolvidas”, disse em entrevista ao GP1.


Ao todo, 15 mandados de prisão e três de busca e apreensão serão cumpridos ao longo do dia. Entre os acusados estão, nove técnicos fazendários da receita estadual e seis empresários. Até o momento 10 prisões foram efetuadas.


Dentre os presos, está o técnico fazendário Antônio Martins Damasceno Filho, irmão do ex-prefeito de Barras, Manin Rego. Ele foi preso nesta manhã, em um sítio, no município. “Um técnico fazendário oriundo da cidade e Barras foi preso (...). Ele é de uma família política de Barras”, afirmou Carlos César.

Dentre as empresas investigadas estão a Madeireira Leal e a Refrigerantes Relva. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Teresina, Altos, União, Piripiri, Barras, Pedro II e Juazeiro do Norte - CE.

De acordo com o superintendente da Receita Estadual, Antônio Luís dos Santos, ainda não é possível afirmar qual o valor sonegado. “É um esquema de liberação de mercadorias, tanto no posto fiscal, como na blitz. E uma parte desse imposto, que é do Estado ia pra mão dos fazendários (...). Não podemos afirmar quanto é o valor porque é uma operação de muito tempo, o que estamos fazendo hoje é levantando das empresas, a parte documental, a parte de estoque pra saber qual o valor foi sonegado”, afirmou ao GP1.


Os acusados responderão pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e concussão.

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