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Semduh diz que alagamentos são agravados por ocupações irregulares

Segundo o assessor técnico da SEMDUH, o engenheiro Kleyton Medrado, a população tem invadido a área das lagoas naturais em Teresina.

A Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH), mapeou os canais de água da cidade e constatou um sério problema que vem se agravando com as ocupações irregulares: o aumento das áreas de alagamento.

Segundo o assessor técnico da SEMDUH, o engenheiro Kleyton Medrado, a população tem invadido a área das lagoas naturais, que recebem a água das chuvas para que os bairros não alaguem. “Se isso continuar a acontecer, a tendência da lagoa é transbordar e trazer graves problemas aos bairros, com a destruição de ruas e casas, afetando diretamente a vida das pessoas”, explica.

Foto: Divulgação/PMT(SEMDUH)
(SEMDUH)

Como exemplo, o engenheiro cita a área da bacia hidrográfica PD08, localizada no Bairro Ininga. “Toda a água que vem da avenida Homero Castelo Branco conflui em um ponto próximo à Universidade Federal do Piauí (UFPI). A urbanização descontrolada e irregular no local está invadindo a área da lagoa, provocando a redução dessa lagoa e, futuramente, o transbordamento dela. Com isso, casas poderão desmoronar e vias serão destruídas, inclusive a nova via, que é a avenida Ulisses Marques”, afirma.

Ainda na zona Sul, próximo a uma lagoa na Estrada da Alegria, bairro Catarina, foi feita uma terraplanagem para um loteamento particular sem a aprovação da Prefeitura. “Isso causou um grande problema no sistema de drenagem. A água vai entupir os bueiros e, consequentemente, trazer problemas. Já está causando alagamentos no Bela Vista”, lamenta o técnico.

População deve denunciar

O secretário executivo da SEMDUH, Ernane Freitas, reforça que as lagoas naturais são fundamentais para que as inundações não ocorram e considera um grave crime ambiental a ocupação dessas áreas. Ele afirma que a população deve fazer sua parte, denunciando os casos de ocupação irregulares de locais que são cursos de água para a Polícia Ambiental e para o Programa Lixo Zero.

“Durante a construção dessas ocupações irregulares, as pessoas jogam lixo de construção civil nas lagoas, para aterrá-las, por isso o Lixo Zero pode atuar multando os responsáveis. Isso é um grave crime contra o meio ambiente e afeta diretamente a população porque aumenta a cota de alagamento. É importante que esse tipo de crime seja denunciado para que a Prefeitura possa agir o mais rápido possível”, pontua Ernane.

Os telefones para denúncia são: 86 9.9402-3074 (Programa Lixo Zero) e 86.3223-7221 (Polícia Ambiental).

Por Camila Trindade

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