Viagora

Piauí fica entre os 10 melhores IDEBs do Brasil, diz levantamento

De acordo com o levantamento, no período de 2019 a 2021, o ideb do Piauí saiu de 3,7 para 4,0 ficando na 9ª posição do ranking.

Nessa sexta-feira (16), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou dados que apontam o Piauí como um dos dez estados brasileiros com melhores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ensino médio, mesmo com a pandemia.

De acordo com o levantamento, no período de 2019 a 2021, o ideb do Piauí saiu de 3,7 para 4,0 ficando na 9ª posição do ranking. O secretário de Educação Estadual, Ellen Gera, comenta que o ensino piauiense continua crescendo. “Saímos da 14ª posição para a 9ª posição no ranking educacional do Ideb. Vale destacar que o ensino médio segue em crescimento contínuo, dando grandes saltos, desde 2015, quando registrou 3,2, e, em 2017, com 3,3", destacou.

Ainda de acordo com os dados, o Ensino Fundamental no estado também teve destaque, em 2019, do 1º ao 5º ano na rede estadual foi de 6,0 e em 2021, está em 6,1.  Do 6º ao 9º ano em 2019 em escolas estaduais a média e era de 4,3 e em 2021 o índice passou para 4,9. Ellen Gera, parabeniza os profissionais de educação pelo desempenho do estado. “O Piauí precisa comemorar esse resultado, porque, mesmo enfrentando dois anos atípicos, com aulas remotas, conseguiu avançar tanto no ensino fundamental quanto no médio. Aproveito para parabenizar todos os profissionais da educação que, durante a pandemia, foram heróis e se reinventaram para que os estudantes da rede continuassem aprendendo”, disse.

Os dados mostram também que as disciplinas de matemática e português tiveram um aumento de pontos de proficiência. “Quando observamos a nota de aprendizagem dos estudantes do ensino médio, nas disciplinas de Português e Matemática, mantivemos, em 2021, a média de 2019, com 260 pontos, em Português, e 256 e 259 pontos, em Matemática. Destaco esses números, porque muitos institutos estavam prevendo uma regressão de até dez anos na aprendizagem, mas, aqui no Piauí, isso não aconteceu. Conseguimos manter a média de proficiência e isso significa que as estratégias que adotamos na pandemia deram certo e conseguiram mitigar alguns danos maiores”, disse.

O secretário de Educação do Piauí, Ellen Gera, informa que durante a pandemia o Piauí adotou medidas para amenizar o impacto nas escolas, uma delas foi investiu em tecnologia. “Mesmo antes da pandemia, o Governo do Piauí já apostava na tecnologia para encurtar distâncias educacionais. A Mediação Tecnológica, implementada desde 2012, recebeu mais investimentos em 2015. O Canal Educação passou a ser uma ferramenta importante para a rede estadual. No período de isolamento social, com a necessidade de ficar em casa e com o formato remoto das aulas, o Piauí já possuía uma plataforma estruturada e com experiência em transmissão de vídeo aulas, diferente de outros estados, que tiveram que correr atrás dessa estrutura. O certo é que dias depois do decreto, orientando que todos ficassem em casa, a Seduc já estava com um Youtube disponível, com transmissão de videoaulas, para os alunos da 3ª série do ensino médio e na sequência já organizando a transmissão para todas as outras etapas e modalidades”, lembrou.

Ainda de acordo com Ellen Gera, ocorreram aquisições de chips e tablets para entregar aos estudantes para que pudessem assistir as aulas. “Durante o processo de aulas remotas, percebemos que uma das principais dificuldades dos estudantes para acessar as aulas on-line era a conexão. Pensando nisso, o governo adquiriu e distribuiu 180 mil chips para estudantes matriculados na rede. Identificamos, também, problemas de cobertura das operadoras em alguns municípios, principalmente, na zona rural, então resolvemos comprar 10 mil tablets para que os alunos, que continuavam sem acessar as aulas, tivessem acesso aos conteúdos. As escolas baixavam as aulas nos tablets, o estudante levava o equipamento para casa e assistia as aulas de forma offline”, explicou.

Segundo Ellen Gera, para evitar a evasão escolar durante a pandemia, e com o programa “Juntos Para Avançar”, foi possível realizar um processo de retorno as aulas presenciais em 2021, com a reorganização do período letivo, avalição diagnosticas de estudantes, e caravanas pedagógicas. “No fim de 2020, identificamos um risco de abandono muito forte. Por isso, resolvemos tomar algumas medidas para que esse estudante não desistisse de estudar e pudesse recompor seu processo de aprendizagem”, disse o secretário.

O secretário Estadual de Educação comenta que o programa foi importante para a educação piauiense. “Esse programa foi fundamental para trabalhar fluxo, aprovação, reprovação e realizar busca ativa de estudantes. Com essa estratégia, conseguimos garantir e diminuir a desigualdade da aprendizagem e mitigar o abandono e evasão, também refletidos no Ideb”, completou Ellen Gera.

Facebook
Veja também