PF abre inquérito policial para investigar prefeito de Joaquim Pires por compra de votos
A Assessoria Jurídica de Deyvison Cruz informou que até o presente momento, não é de seu conhecimento que mesmo figura como investigado/indiciado em qualquer inquérito.
O delegado Carlos Alberto Ferreira do Nascimento, da Polícia Federal em Parnaíba, instaurou inquérito policial contra o prefeito Deyvison Cruz (PT), da cidade de Joaquim Pires, para apurar possível infração de crime previsto no art. 299 da Lei Eleitoral 4.737/1965, definido como ato de dar, oferecer, prometer ou receber, para si ou para outra pessoa, qualquer vantagem, como dinheiro, bens ou favores, em troca de votos. O procedimento foi aberto no dia 11 de fevereiro de 2025.
O inquérito foi solicitado pelo Ministério Público Eleitoral da 41ª zona eleitoral, representado pelo promotor de justiça Sinobilino Pinheiro da S. Júnior, que havia recebido denúncia formulada pela ex-candidata a vereadora Samara Carvalho de Andrade Farias, conhecida por Samara da Saúde, relatando a suposta compra de votos da eleitora Socorro Vieira.
Denúncia
Samara da Saúde, então candidata a vereadora pelo MDB, disse que Socorro Vieira a procurou com três talões de água e luz propondo que ela os pagasse e em troca votaria nela. A candidata não aceitou a proposta e disse: “expliquei a mesma que minha campanha era pautada na conscientização e combate a compra devotos, expliquei que sou contra a corrupção”.
Com a recusa da candidata, Socorro comentou com sua vizinha, de iniciais A. P. C., que o então candidato a prefeito Deyvison Cruz fez compromisso com ela e pagou os talões.
Investigação
Em diligências, agentes da Polícia Federal entraram em contado com Samara para corroborar a denúncia. Ela reiterou o que havia dito e disse que a vizinha da Socorro foi testemunha do ocorrido.
A vizinha disse aos agentes que não tinha presenciado a suposta compra de voto, e soube do evento de forma indireta, tendo apenas ouvido falar através de terceiros da possível ocorrência do crime.
Procurada pelos agentes, Maria do Socorro disse que os quatro talões foram pagos pelo então candidato Deyvison Cruz, como forma de ajuda na época da última eleição a prefeito do Município. O então candidato pegou os talões e depois devolveu devidamente pagos. Ela disse que não sabe como as faturas foram pagas. Disse também que havia jogado fora os boletos.
“Por fim, não deixou explícito se a citada ajuda teria sido dada em troca do seu voto. Após a gravação, também não informou testemunhas que tenham presenciado o fato”, finalizou o agente da PF.
Depoimento de Maria do Socorro
Em depoimento ao delegado Carlos Alberto, Maria do Socorro acrescentou mais elementos sobre o caso.
Questionada sobre se tinha alguma testemunha que presenciou o momento em que o candidato a prefeito Deyvison Cruz pegou os talões, ela afirmou que sua irmã Marinalva Batista Vieira estava presente na ocasião.
Indagada se conhecia a Samara Farias, Maria do Socorro disse que não. Acrescentou também que não conhecia a pessoa de Ana Paula Carvalho.
O delegado perguntou como foi a abordagem de Deyvison Cruz pra pegar os talões para pagar e ela respondeu: “ele chegou na minha casa de surpresa, que nem eu esperava. Ele chegou e falou pra mim dá um voto pra ele e tudo. Perguntou no que poderia me ajudar, aí eu falei que tava com umas contas atrasadas e realmente eu tava e sem poder pagar. Que era justamente os talões. Aí ele foi e me pediu os talões, aí eu dei. Foi isso que aconteceu”.
No final da inquirição, o delegado indagou sobre o que disse o candidato depois que pegou os talões, Maria do Socorro relatou: “ele falou assim, não se preocupe não que eu vou pagar seus talões e vou devolver pago”.
Mais adiante Carlos Alberto questionou se ele pediu o voto dela, da família e ela diz que “ele perguntou se eu poderia ajudar ele. Pra mim votar pra ele. Eu disse que podia”.
Depoimento do prefeito
O prefeito Deyvison Cruz, na presença de seu advogado Fred Parente, prestou depoimento ao delegado Carlos Alberto e indagado sobre a denúncia disse: “passei na casa da Socorro, inclusive no mesmo dia passei em dezenas de casa, que era campanha né. Na zona rural, na zona urbana. Mais pedindo voto e pedindo apoio pra eleição, que tava se aproximando. O que aconteceu foi isso. Na casa da Socorro foi a noite que agente passou. Era eu e mais outro candidato a vereador e mais um apoiador lá. Só isso.
O delegado indaga se houve esse pedido da Socorro pra pagar os talões de energia e se foi efetivado o pagamento das faturas. Deyvison responde “não, não houve pagamento não doutor”.
Indagou também se ela pediu dinheiro e ele respondeu “todo mundo pede, só que agente faz uma campanha limpa, sem essa questão de compra de votos”.
Outro lado
O Viagora procurou o prefeito para falar sobre o assunto e através da assessoria jurídica o gestor emitiu uma nota:
A Assessoria Jurídica do Prefeito Deyvison Cruz vem a público esclarecer que, até o presente momento, não é de seu conhecimento que mesmo figura como investigado/indiciado em qualquer inquérito policial relacionado a supostas infrações ao artigo 299 do Código Eleitoral.
Esclarece-se que o Prefeito:
. JAMAIS foi acusado, denunciado ou processado na esfera cível ou criminal por alegações de compra de votos;
. NÃO praticou qualquer ato ilícito de qualquer natureza nem antes, durante, muito menos depois das Eleições de 2024;
. NÃO responde a nenhuma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) ou Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) relacionada a compra de votos.
Diante destes fatos, o Prefeito repudia veementemente qualquer informação, em qualquer meio, que lhe atribua responsabilidade por práticas ilícitas desta natureza.
Ressaltamos que acusações unilaterais, desprovidas de documentação comprobatória, não podem ser toleradas por pessoas físicas ou instituições, pois visam unicamente expor indevidamente uma figura pública que não responde a nenhum processo sobre a situação mencionada nesta Nota.
Informamos que quaisquer afirmações que imputem delitos ao Prefeito Deyvison Cruz serão objeto de todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, a fim de preservar sua honra e reputação.
Atenciosamente,
Assessoria Jurídica
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