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Greve de motoristas e cobradores de ônibus chega ao 8º dia em Teresina

A maior dificuldade relatada com a falta de um transporte público pelos passageiros, é a carência de dinheiro combinada com a incerteza de saber se vai chegar ao local desejado

  • Matheus Santos/Viagora Pessoas esperando transporte 1 / 6 Pessoas esperando transporte
  • Matheus Santos/Viagora Ônibus Cadastrado 2 / 6 Ônibus Cadastrado
  • Matheus Santos/Viagora Parada de ônibus em Teresina 3 / 6 Parada de ônibus em Teresina
  • Matheus Santos/Viagora Prefeito de Teresina, Dr. Pessoa. 4 / 6 Prefeito de Teresina, Dr. Pessoa.
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A capital do Piauí, já conta com "incansáveis" oito dias sem transporte público para a população. Com carros, vans e ônibus improvisados, e valores que podem beirar os R$ 8 reais por corrida, os passageiros já não aguentam mais esperar uma solução para o problema, e se sentem completamente revoltados e transtornados com a situação.

A maior dificuldade relatada com a falta de um transporte público pelos passageiros, é a carência de dinheiro combinada com a incerteza de saber se vai chegar ao local desejado, já que os ônibus cadastrados pela prefeitura municipal de Teresina, não passam no horário previsto.

A vendedora Karla Luz, diz que se sente revoltada e abandonada, e explica que diariamente só consegue chegar ao trabalho perto do meio dia. “É inadmissível que estão fazendo isso com a gente. Todo dia estou chegando no trabalho quase meio dia, eu tenho que estar lá às 8h. Abandonaram todo mundo e eu acho isso revoltante”, explica.

Segundo ela, as dívidas por conta das passagens improvisadas já estão pesando no bolso. “Eu já estou em dívida. Estou torcendo pra ela não aumentar mas é isso que está acontecendo, eu e várias outras pessoas, vários outros trabalhadores estão pagando pra ir trabalhar, e o pior, nem chegamos no horário. Só Deus sabe que horas eu vou chegar em casa todo dia”, completa a vendedora.

E para quem pensa que esse prejuízo para no passageiro que precisa trabalhar está enganado. O Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas/PI), repudiou completamente a falta de interesse das autoridades competentes em resolver o referido problema, pois a falta do transporte já começa a surtir efeitos negativos no comércio da cidade.

De acordo com o Sindilojas, após oito dias de greve, o comércio local já registrou prejuízo nas vendas, pois sem transporte, não tem cliente. Segundo o Sindilojas, o varejo lojista é um dos grandes responsáveis pela circulação de renda e geração de emprego na cidade de Teresina, e por isso, está diretamente afetado com a greve do transporte. Além disso, o sindicato clama pela resolução desse problema o quanto antes, já que os prejuízos afetam toda a sociedade.

Nessa segunda-feira (20), houve na sede do Sintetro, uma Assembleia Geral, para a apresentação de uma nova proposta, por parte do Setut, com o objetivo de dar um fim à greve geral. Porém, como os dois lados não chegaram a um acordo, a greve deve continuar por tempo indeterminado na capital.

Na última quinta-feira (16), o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, afirmou que já estava trabalhando em uma solução para resolver a situação.

“Eu estou trabalhando de manhã, de tarde, de noite. Quando revelei as coisas vazaram e os empresários souberam, por isso que eu não vou revelar meu segredo”, contou o prefeito da capital do Piauí.

Segundo Dr. Pessoa, não há um trabalho envolvendo parceria público-privada, mas explica que as portas estão abertas para negociações. “Eu não estou trabalhando nisso, mas as portas estão abertas, quem quiser conversar com o prefeito, as portas estão abertas”, completa o prefeito.

Já a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), informou que foram cadastrados cerca de 100 veículos para circular na capital durante a greve do transporte coletivo. De acordo com a instituição, além dos veículos cadastrados, em Teresina há 20 vans que funcionam como transporte alternativo para serem utilizadas pela população.

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