Greve: passageiros esperam mais de três horas por ônibus em Teresina
A população é obrigada a utilizar meios de transporte alternativo que na maioria das vezes sai bem mais caro que o normal.
A manhã desta terça-feira (14), começou com a intensa movimentação das pessoas que utilizam o transporte público da capital, em busca de alternativas em decorrência da falta de 100% da frota em Teresina, devido ao segundo dia da greve geral iniciada nessa segunda-feira (13), por motoristas e cobradores.
Desolados, sem a presença dos ônibus, os teresinenses precisam apelar para outras soluções, como os famosos “ligeirinhos”, ou os pedidos de veículos por meio de aplicativos, já que não é certeza de que os veículos cadastrados pela prefeitura irão passar no horário correto.
Uma usuária do transporte que preferiu não ser identificada, relatou ao Viagora, que já estava na parada de ônibus a três horas, e ressaltou que a aquela altura já não fazia mais sentido esperar o transporte para voltar para casa, já que a neta sai da escola por volta de meio dia.
“Eu estou aqui desde as 7h30 e até agora não passou meu ônibus, o cadastrado. Esses cadastrados simplesmente não têm hora para passar, e a gente nem sabe se vai passar. Da pra tirar pelo tempo que eu estou aqui. Minha neta sai 12 horas da escola, então eu vou esperar logo ela aqui. Não tenho condição de pegar outro meio de transporte, já tem ligeirinho cobrando 6 reais”, comentou.
De acordo com a passageira, ontem, no primeiro dia de greve, aconteceu a mesma coisa e por conta de não passar a linha necessária teve que pegar outra opção, e acabou sendo assaltada no caminho de casa. “Ontem foi a mesma coisinha e eu fui assaltada. Parece que nesses cadastrados não tem o 522, que é o que eu pego e desço bem na esquina de casa. Peguei outro e desci mais distante, no caminho chegou dois e me assaltou”, ressalta.
Já Silvia Sousa, uma vendedora que também esperava a chegada de algum transporte, aproveitou para denunciar a forma que a população é tratada pelos motoristas improvisados. Segundo ela, quase foi arrastada por uma van. “Eu quase fui arrastada agora pouco por uma van dessas cadastradas. Só fui pedir uma informação, encostei na van, ele disse que não passava no destino e arrancou comigo encostada. Eu já fiz a denúncia pra STRANS”, relatou ela.
SINTETRO
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, uma das reivindicações é a assinatura da convenção de motoristas e cobradores.
STRANS
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), informou que foram cadastrados cerca de 100 veículos para circular na capital durante a greve do transporte coletivo.
De acordo com a instituição, além dos veículos cadastrados, em Teresina há 20 vans que funcionam como transporte alternativo para serem utilizadas pela população.
Prefeitura de Teresina
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, apresentou um plano que acabaria com a greve dos ônibus na capital. Nesse plano, a prefeitura compraria 150 ônibus novos, e outros 150 ônibus seriam custeados por uma empresa de transporte urbano, colocando para circular ao menos 300 ônibus em toda a cidade. A partir daí, seria estipulado um prazo para que a prefeitura, desfizesse o acordo com o SETUT.
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