Polícia detalha investigação sobre morte de Janaína Bezerra
De acordo com o delegado Barêtta, o prazo para conclusão do inquérito que investiga o caso é de 10 dias.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Barêtta, detalhou informações a respeito das investigações do caso da estudante de jornalismo encontrada morta na Universidade Federal do Piauí (UFPI) , Janaína da Silva Bezerra, de 21 anos, na manhã desse sábado (28), em Teresina.
A estudante participava de uma festa comumente chamada de Calourada, na noite em que foi assassinada. A vítima foi encontrada por volta das 9h, do sábado (28), nas dependências da instituição Federal por seguranças, juntamente com o suspeito do crime, e foi encaminhada para o Hospital da Primavera.
Investigação
De acordo com o delegado Barêtta, foram ouvidas diversas pessoas, incluindo o suspeito, e que a administração superior da UFPI já está sendo intimada para prestar esclarecimentos.
“Foi dado os depoimentos necessários ainda na Central no auto de prisão em flagrante, a partir de agora está sendo intimada a administração superior da Universidade Federal, bem como outras pessoas que tenham informações coerentes para o esclarecimento total do fato delituoso. Essas pessoas vão ser ouvidas para prestar declarações que venham a complementar as evidencias que já foram levantadas. Quais são essa cadeia de evidencias? Nós podemos provar que houve um crime, os meios em que ele foi praticado, e quem os praticou. Eu não posso levar nenhuma outra pessoa ao cárcere, se eu não tiver as provas necessárias”, disse.
O diretor do DHPP, também informou que foi coletado material da vítima e do suspeito para serem realizados exames toxicológicos, ele também comenta que foram adotados procedimentos padrões para investigar o caso.
“Foi coletado material dele, coletado da moça, vai ser feito o exame toxicológico, quer dizer, todas as requisições periciais, os exames necessários aos esclarecimentos do fato delituoso foram tomados as providencias. Nós entregamos um procedimento operacional padrão, na investigação de crimes contra a vida, mais específico de homicídio, que ele é praticamente infalível, nós seguimos o passo a passo, as sete indagações clássicas de uma investigação de homicídio”, informou.
Barêtta também informa que o suspeito foi flagrado com o corpo da vítima nos braços por um dos seguranças da universidade, que ao ver a cena, o questionou. Também é informado que o indivíduo alegou que levaria a jovem para o hospital porque ela estava passando mal, porém o segurança identificou o sangue na roupa de Janaína, e conduziu os dois ao hospital, onde foi constatada a morte da jovem.
“Ele ia saindo da sala, já estava no corredor com a moça nos braços, quando foi interceptado pelo segurança que perguntou o que estava acontecendo, ele disse que ia levar a moça porque ela estava passando mal, pediu socorro, o segurança quando viu as manchas de sangue no vestido da moça, nas veste, e acho que saindo na dele, mandou que ele parasse e acionou os outros seguranças da universidade pelo rádio, que chegaram e imediatamente pegaram ele e a moça e levaram para o Hospital da Primavera. Chegando lá, o corpo clínico do hospital, detectou que a moça já estava morta, portanto, imediatamente os seguranças acionaram uma guarnição da Polícia Militar, que conduziu ele até a Central de Flagrantes”, descreveu.
O diretor do DHPP, explica que ao ser constatada a morte de Janaína da Silva Bezerra, o encaminhamento do suspeito a delegacia pela Polícia Militar, e após a coleta de evidências, o suspeito ficou detido.
“Diante de todos os indícios coletados, e as evidências levantadas, a autoridade policial não teve dúvida de lavrar o auto de prisão em flagrante, tanto que os elementos eram corroborativos e coerentes, que a magistrada de plantão decretou a prisão após homologar o flagrante”, informou.
Questionado se há um segundo suspeito de ter cometido o crime juto com o homem já preso pela polícia, o delegado Barêtta informa que não consta nos autos uma segunda pessoa, e nem evidências.
“Até esse momento eu não tomei conhecimento de nenhuma outra pessoa na cena do crime, porque a pessoa que foi levantado os indícios, os vestígios, e a prova material, está presa preventivamente, nós não trabalhamos com ilações, tão pouco com suposição, porque a justiça, ela não aceita, eu sequer tomei conhecimento desse fato”, informou.
De acordo com a Polícia Civil, o crime foi praticado em uma sala de estudo do Programa de Pós-Graduação em Matemática, onde foram encontrados vestígios de sangue.
O delegado Barêtta, do DHPP informou que a administração superior da UFPI, será questionada a respeito das salas abertas, durante festas na instituição. “Não sabia que essas calouradas tinham essas salas abertas, que isso vai ser objeto de indagação a administração superior”, disse.
Barêtta falou também que uma colega de Janaína, informou a polícia que a jovem foi chamada pelo suspeito para ir a um local mais isolado, também é relato que a amiga da vítima tentou contato com ela, mas obteve sucesso apenas uma vez, o delegado fala que a amiga de Janaína a esperou seu retorno até as primeiras horas da manhã na universidade, porém, a jovem não retornou.
“Ela o conhecia de outra calourada e ele a chamou para um local mais ermo, é tanto que ela entregou a bolsa dela para a colega, depois de meia hora, a colega ligou para ela, passou a mensagem, e ela disse que estava tudo bem com ela. E a partir daí, ela não teve mais contato, tentou, mas não teve mais contato”, disse o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, o crime foi praticado em uma sala de estudo do Programa de Pós-Graduação em Matemática, onde foram encontrados vestígios de sangue.
Conforme o delegado Barêtta, a administração superior da UFPI, será questionada a respeito das salas abertas, durante festas na instituição. “Não sabia que essas calouradas tinham essas salas abertas, que isso vai ser objeto de indagação a administração superior”, disse.
Laudo do IML
Nesse domingo (29), o Instituto Médico Legal (IML), concluiu o laudo onde consta a causa da morte de Janaína da Silva Bezerra.
No documento consta que a jovem foi vítima de estupro, e morreu após ter o pescoço quebrado, que de acordo com nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), pode ter sido provocado por luta corporal, durante tentativa de asfixia da vítima, e pancadas.
O Suspeito
Nesse domingo (29), a juíza Haydee Lima de Castelo Branco, decretou a prisão preventiva de Thiago Mayson, suspeito de estuprar e matar a estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra, de 21 anos, dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina.
Em depoimento à Policia Civil, o suspeito afirmou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões. Ele disse que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h.
O suspeito disse á polícia que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante toda a madrugada e solicitou socorro à segurança da Universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatado o óbito.
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