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“Firmino era a favor do subsídio para transporte”, diz Aluísio Sampaio

O vereador Aluísio Sampaio (Progressistas) comentou que, em conversa com o ex-prefeito Firmino Filho, o tucano lhe confidenciou que o transporte público precisava do subsídio para funcionar.

Durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público ocorrida nessa terça-feira, 25 de maio, o vereador Aluísio Sampaio (Progressistas) questionou o fato de estarem sendo feitos apontamentos sobre acordos firmados pelo poder público sem a presença de ex-superintendentes da Strans.

“Na verdade, não é que eu queira a presença dos ex-superintendentes da Strans. Acontece que nós instalamos essa CPI para resolver o problema do transporte público da capital que está paralisado, e sempre que pode se volta ao ano de 2014 e 2015 quando se iniciou o contrato da licitação. Então, se essa discussão norteia hoje a CPI, precisa também ouvir os gestores anteriores. Na minha opinião, está cada vez mais claro que a gestão anterior, apesar de todas as dificuldades, dialogava bem com o setor, com os empresários, e o sistema funcionava. Agora nessa gestão a gente vê que a paralisação ainda não cessou e nós precisamos voltar a funcionar e a ter os ônibus para a população”, disse.

O vereador comentou que conversou com o ex-prefeito Firmino Filho algumas semanas antes da sua morte, e que o tucano teria afirmado que o subsídio do poder público é essencial para o funcionamento do sistema.

“Eu tive uma conversa com o ex-prefeito Firmino Filho perguntando para ele o que ele achava do transporte coletivo, qual era, na visão dele, a solução. Ele me falou que realmente se precisava do subsídio para continuar, para o transporte ser atrativo. A população também precisa ver o transporte coletivo como um transporte eficiente, de qualidade. O custo-benefício da passagem acaba sendo decisivo para escolha do transporte”.

  • Foto: Divulgação/AscomVereador Aluísio Sampaio.Vereador Aluísio Sampaio (Progressistas).

“O que nós estamos percebendo é que depois da nova lei de mobilidade urbana, houve a possibilidade de separar o custo da passagem com o preço da tarifa. Inclusive tive a oportunidade de conversar com o prefeito Firmino Filho e ele mesmo me confidenciou que realmente o subsídio era, em países que o transporte funciona, o que fazia com que o transporte fosse atrativo. Porque nós precisamos, inclusive, manter um preço da passagem atrativo para que a população opte pelo sistema de transporte coletivo”, comentou.

Para Aluísio, na época do início do contrato, o sistema funcionava independente das dificuldades apresentadas, mas que a pandemia da Covid-19 trouxe novos problemas.

“Entendo que a CPI precisa apresentar uma solução e, para isso, precisa-se voltar ao ano de 2014 e 2015, quando se iniciou o contrato. A gente percebe que por mais dificuldades que as empresas tinham, que a população tinha, o transporte funcionava. Nós precisamos apresentar uma solução e se percebe que a dificuldade aumentou e iniciou no ano de 2020, quando se iniciou a pandemia”, disse.

O parlamentar comentou ainda que não acredita que os acordos judiciais feitos pela prefeitura com as empresas tenham alguma irregularidade, devido a terem sido acompanhados por órgãos de controle.

“Não é que não haja uma irregularidade. Na realidade eu acho que todos esses acordos eles foram acompanhados por órgãos de controle, inclusive pela Justiça. Então, eu não posso aqui afirmar se não houve irregularidades, mas que o sistema estava funcionando, estava”, finalizou.

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