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Teresina registra 43 casos de Síndrome Respiratória Grave em crianças

O levantamento do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEPGripe) acende um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a gripe.

De janeiro a agosto deste ano, Teresina registrou 43 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças menores de 13 anos, sendo seis deles de Influenza A H1N1 e 37 de Covid-19.

O levantamento do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEPGripe) acende um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a gripe e em relação à adoção de medidas de prevenção para evitar a disseminação do novo Coronavírus neste público.

O último balanço da Fundação Municipal de Saúde (FMS) apontou que a cobertura vacinal contra a gripe, causada pelos vírus Influenza A H1N1, H3N2 e Influenza B em crianças de seis meses a seis anos, está em 59.76%. A quantidade de casos este ano já ultrapassa o registrado durante todo o ano passado, quando quatro casos de Influenza foram confirmados, sendo um caso de Influenza H3N2 e três casos de Influenza B.

A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, reforça que as crianças fazem parte do grupo de risco para a Inluenza, pois estão em desenvolvimento e o seu sistema imunológico encontra-se em formação. “Estudos epidemiológicos nacionais e internacionais mostram que as crianças, principalmente as menores de 5 anos, são as que mais desenvolvem a forma grave de doença viral respiratória e têm complicações que levam ao óbito”, alerta.

Na cidade de Teresina, a FMS segue imunizando pessoas pertencentes aos grupos prioritários da campanha de vacinação contra a gripe nas Unidades Básicas de Saúde que não realizam atendimentos relacionados às síndromes gripais. Nestes locais, uma série de cuidados estão sendo tomados para reduzir os riscos de contaminação pelo novo Coronavírus e garantir segurança à população na ida às salas de vacinação durante a pandemia.

Walfrido Salmito, médico infectologista da FMS, explica que a vacina da gripe não tem eficácia contra o novo Coronavírus, e que mesmo com evidências de que a Covid-19 afete com menos frequência e menor gravidade as crianças em relação aos adultos, as medidas de prevenção são necessárias e os cuidados com esta faixa etária precisam ser reforçados.

“É importante que as crianças tenham hábitos de higiene, usem máscaras a partir dos dois anos de idade e respeitem o isolamento social. Embora não façam parte do grupo de risco para Covid-19, elas podem ser infectadas pelo novo Coronavírus. A maioria não apresenta sintomas, mas as que têm sintomas devem buscar atendimento médico”, orienta o infectologista.

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