Moaci Júnior nega ter bebido antes do acidente e pede perdão
Durante depoimento no Tribunal do Júri, o acusado de matar os integrantes do coletivo Salve Rainha, diz não ter ingerido bebida alcoólica antes do ciente e pede desculpas ao pai das vítimas.
Na manhã desta quarta-feira (04) durante julgamento no Tribunal do Júri, o estudante Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de matar Francisco das Chagas Júnior e Bruno Queiros em um acidente de carro no ano de 2016, disse em depoimento que não havia ingerido bebida alcoólica na noite do acidente.
Segundo Moaci Júnior, ele havia sido convidado por um amigo para ir a um restaurante, e deixou o estabelecimento por volta das 23h15. Moaci relata que no local encontrou amigos, mas não ingeriu bebidas alcoólicas.
“Acordei cedo, trabalhei até meio-dia. Recebi o convite de um amigo, Luciano, para ir ao Pernambuco. Disse que não queria ir, mas acabei me convencendo e fui umas 19h30. Quando cheguei no Pernambuco encontrei as amigas, colegas, conhecidas. Sentei na mesa, comi um espetinho, um arrumadinho, fiquei sentado conversando e por volta de 23h, 23h15 eu vim embora”, relata o estudante.
O acusado relembra que no último sinal da avenida viu um Fusca branco, mas que não conseguiu desviar e acabou colidindo. Moaci disse que após a colisão saiu do carro desorientado e viu muita fumaça.
“No último sinal me deparo com um fusca branco. Não deu tempo de desviar. Quando houve a colisão, imediatamente o airbag abriu no meu rosto soltando um pó, da bolsa do airbag. Tirei o cinto de segurança, saí do carro desorientado, com o braço quebrado, fui até as vítimas. Muita fumaça no local, só dava para ouvir o barulho do motor do fusca. Quando volto para meu veículo, em frente, chega uma viatura da polícia. Imediatamente, pedi para entrar urgente naquela viatura porque estava começando a chegar pessoas que queriam me linchar. Estava muito atordoado, só queria avisar a minha família”, disse Moaci.
Durante o depoimento Moaci chegou a chorar e pedir perdão para o pai das vítimas e ao jornalista Jader Damasceno, único sobrevivente das três pessoas que estavam no Fusca. O estudante disse ainda que conhecida as vítimas e o coletivo Salve Rainha.
“Perdão a família do seu Chagas, ao Jader, minha família e a toda a sociedade de Teresina. Não saí de casa com a intenção de fazer mal a ninguém. Foi uma fatalidade. Eu conhecia o Juninho e o Bruno, moravam no Bela Vista. Eu morava no Parque Piauí e minha prima morava no Bela Vista, sempre que tinha aniversário da minha prima eu encontrava com ele no Bela Vista e conversava. Inclusive, ele foi padrinho de casamento da minha prima. Conheço o Salve Rainha desde 2007. Frequentei, começou na ponte, foi parar na rua Climatizada, depois voltou para a ponte de novo e sempre que eu encontrava o Chagas, o Juninho, a gente conversava”, afirmou Moaci Júnior.
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