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Eletrobras-PI é denunciada por usar “gambiarra” em Sigefredo Pacheco

Segundo o MP, a empresa sabe do caso desde julho de 2016, mas não adota providências para solucionar as irregularidades no município.

O Promotor de Justiça Maurício Gomes de Souza instaurou procedimento administrativo no dia 14 deste mês tendo em vista a prática que chamou de “abusiva” da Eletrobras-PI de prestar serviço utilizando-se de rede para distribuição de energia elétrica na rua José Martins, em Sigefredo Pacheco, formada com postes de madeira inadequados, fora do padrão ANEEL, e com “cupim”.

  • Foto: Street ViewEletrobrasEletrobras

Maurício Gomes levou em consideração a denúncia realizada ao Procon/Ministério Público. Ele afirma que a correta instalação de rede básica, conforme a Resolução da ANEEL 414/2010, é necessária ao serviço comercializado pela Eletrobras e que é de responsabilidade da fornecedora a instalação e manutenção em condições adequadas e seguras.

O representante do Ministério Público lembra que há um processo que a Distribuidora reconhece o uso de postes de madeiras inadequados em sua rede de distribuição, bem como a existência de "gambiarras", que importam em potencial perigo aos consumidores do serviço prestado. Ele diz que a Eletrobras tomou ciência do caso no dia 04 de julho de 2016, mas não adotou qualquer providência no sentido de minimizar os riscos do fato.

O Promotor de Justiça determinou a substituição dos postes e deu o prazo de 15 dias para que a empresa apresente defesa, caso queira, e que informe sobre seu faturamento bruto no ano de 2016.

Outro lado

O Viagora entrou em contato com a Eletrobras na tarde desta sexta-feira (17) para pedir uma resposta sobre o caso. O assessor de comunicação, Raimundo Andrade, disse que a denúncia não tem procedência, pois a Eletrobras na verdade faz a retirada de gambiarras.

“Alguém pode ter feito lá uma rede clandestina, sem o conhecimento, mas a Eletrobras trabalha com o padrão. Nós não construímos redes com gambiarra, inclusive tem um projeto de eliminação de gambiarras em Teresina e no interior do estado”, esclareceu.

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