Beneficiários com NIS de final 6 recebem parcela do Bolsa Família

Nesta sexta-feira (25), os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 6 recebem a parcela do novo Bolsa Família referente ao mês de agosto. A Caixa Econômica Federal paga o valor da terceira parcela com a inclusão do novo adicional de R$ 50, que é oferecido a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.

Famílias com crianças de até 6 anos têm recebido um adicional de R$ 150 ao benefício do Bolsa Família, desde março deste ano. Assim, o valor total do pagamento ofertado àqueles que cumprem os requisitos exigidos para receber os dois adicionais pode alcançar até R$ 900.

O novo adicional causa o crescimento do valor médio do programa de transferência de renda, que sobe para R$ 686,04, e o valor mínimo ainda corresponde a R$ 600. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social afirma que, em agosto, 21,14 milhões de famílias foram alcançadas pelo Bolsa, com o Governo Federal direcionando R$ 14,25 bilhões para o pagamento do benefício.

No mês de julho, os dados do Bolsa Família passaram a ser integrados ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). O cruzamento de informações revelou 99,7 mil famílias que apresentavam renda acima das regras definidas pelo regulamento do programa, o que levou ao cancelamento do benefício para esses cidadãos. Mais de 80 bilhões de registros administrativos estão inseridos no CNIS, sendo eles referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Por outro lado, o programa incluiu outras 300 mil famílias à lista de beneficiários durante este mês, incremento que só foi possível devido a política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Essa política tem como principal alvo a população mais vulnerável que não recebe o complemento de renda, porém tem direito ao benefício. Mais de 1,6 milhão de famílias passaram a ser participantes do Bolsa Família a partir do mês de março.

Neste mês, é registrado que cerca de 2,1 milhões de famílias estão aptas a fazer parte da regra de proteção. Ativa desde junho de 2023, o regulamento permite que famílias formadas por membros que consigam emprego e melhorem a renda tenham direito ao pagamento de 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, contanto que cada integrante familiar receba valor equivalente a, no máximo, meio salário mínimo. O benefício médio oferecido a essas famílias ficou definido em R$ 377,42.

Após reestruturação, o programa social de complemento de renda voltou a ser nomeado Bolsa Família, desde o início do ano. A aprovação da Emenda Constitucional da Transição garantiu que o valor mínimo do benefício seja de R$ 600, já que autorizou que o Governo desembolse até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos em 2023, dos quais R$ 70 bilhões são direcionados a gastos do Bolsa Família.

A partir de março, o pagamento do adicional de R$ 150 passou a entrar em vigor, consequência da realização de um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que teve o intuito de eliminar fraudes. De acordo com o balanço feito mais recentemente, em abril, em torno de 3 milhões de cidadãos tiveram o pagamento do benefício cortado, devido a inconsistência no cadastro.

O depósito do benefício é realizado nos últimos dez dias úteis de cada mês, de acordo com o modelo tradicional do Bolsa Família. Mais informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas podem ser conferidas através do aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupanças digitais da instituição financeira.

Por Rebeca Negreiros

Com informações da Agência Brasil