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Polícia francesa detêm suspeito de massacre nos Alpes

Família foi morta em Chevaline em setembro de 2012; criança sobreviveu.

Um ano e meio após o assassinato de uma família em Chevaline (Alpes franceses), um caso não resolvido que ganhou as manchetes dos jornais, a polícia francesa prendeu nesta terça-feira (18) um primeiro suspeito, indicaram as autoridades.

O suspeito, de 48 anos, que morava perto da cena do crime e sem "ligação direta" com as vítimas, foi preso quando saía de sua casa, de acordo com fontes oficiais.

"Esta prisão, que poderá ser seguida por outras, é fruto dos testemunhos recolhidos após a difusão (...) do retrato falado de um motociclista visto perto do local do crime (...)", informou o procurador da República de Annecy (leste da França), Eric Maillaud.

Em 5 de setembro de 2012, Saad al-Hilli, de 50 anos, um engenheiro britânico que trabalhava no setor de aeronáutica no Reino Unido, sua esposa de 47 anos e sua mãe, de 74 anos, foram executados com vários tiros em seu carro, em uma pequena estrada perto de Chevaline.

Um ciclista francês, que supostamente passava pelo local no momento do crime, Sylvain Mollier - considerado pelos investigadores como uma vítima colateral - também foi morto com vários tiros.

Zainab, de 7 anos, a filha mais velha do casal Al Hilli, ficou gravemente ferida, enquanto sua irmã mais nova, Zeena, que se escondeu entre as pernas de sua mãe, saiu milagrosamente ilesa.

Esta menina de quatro anos foi encontrada oito horas após a morte dos pais, já que a cena do crime foi completamente isolada até a chegada de peritos da polícia de Paris.

A promotoria traçou o perfil do assassino como "experiente", "altamente qualificado", capaz de mudar de carregador três vezes e matar suas vítimas com um tiro entre os olhos.

A arma usada, uma Luger P06 de calibre 7,65 Parabellum, era utilizada pelo exército suíço.
A detenção na França evidencia a hipótese de um assassino local. A polícia tratava o caso como um conflito familiar: Zaid Al Hilli, irmão de Saad, preso em 24 de junho de 2013 era suspeito de "conspiração para cometer um crime".

Mas este homem, que reconheceu um conflito com seu irmão por uma herança paterna, sempre clamou por sua inocência e foi libertado.

Agora, a pista de um assassino local isolado "é uma hipótese, mas esta hipótese não é principal", disse uma fonte próxima ao caso.
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Willame Moraes

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