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Banco do Brasil estuda quais medidas adotará em relação a desvios no mensalão

Nesta segunda, banco recebeu do Supremo cópia integral do processo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta segunda-feira (25) para o Banco do Brasil uma cópia integral do processo do mensalão. A instituição pediu acesso aos autos para verificar quais providências poderão ser tomadas em relação aos desvios de recursos no BB apontados pelo tribunal durante o julgamento da ação penal.

O BB pediu uma cópia do processo na última quinta-feira (21). Segundo a assessoria, o banco quer analisar tudo o que foi decidido pelo Supremo em relação ao processo para avaliar o que pode ser feito. Entre as possibilidades está entrar com ação para reaver o que, segundo o julgamento, foi desviado pelo ex-diretor de Marketing Henrique Pizzolato.

O processo não é sigiloso, mas, para se obter cópia na íntegra, é preciso pedir ao Supremo. Alguns dos documentos mais importantes do processo, como o acórdão (documento que resume as decisões tomadas), estão disponíveis no site do Supremo. Conforme documento assinado pela Secretaria Judiciária do STF, foi encaminhado ao diretor jurídico do BB três DVDs contendo cópia integral do processo do mensalão.

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi condenado pelo Supremo a 12 anos e 7 meses pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. O Supremo expediu mandado de prisão, mas Pizzolato fugiu para a Itália. Ele quer ter um novo julgamento na Justiça italiana.

Pizzolato foi condenado sob a acusação de favorecer a agência de Marcos Valério, chamado de "operador" do mensalão e que tinha contrato de publicidade com o BB. Segundo os autos, R$ 73,8 milhões teriam sido desviados do Fundo Visanet (que tem recursos do BB) para a DNA Propaganda. Além disso, o valor de R$ 2,9 milhões de contrato entre o BB e a DNA teriam sido desviados do chamado "bônus de volume", comissão que, segundo entendeu o STF, deveria ser devolvida.

O Supremo considerou que parte do dinheiro desviado foi aplicado no esquema de compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
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