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Sesapi discute Rede de Assistência aos doentes de Anemia Falciforme

O evento está previsto para acontecer em novembro, sob a coordenação da Sesapi e do Hemopi,

Diagnosticar parâmetros para incrementar um novo atendimento a pacientes com doença falciforme, tanto para médicos de Teresina como os das Regionais do Estado, é o foco do I Treinamento de Capacitação para Médicos do Programa Saúde da Família na Prevenção e Diagnóstico de Doença Falciforme. O evento está previsto para acontecer em novembro, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi).

A primeira reunião sobre o treinamento foi realizada na manhã dessa quarta-feira (29), e contou com a participação da diretora do Hemopi, Bruna Eulálio, superintendente de Atenção à Saúde, Cristiane Moura Fé, além de demais membros da Sesapi e do Conselho Estadual de Saúde (CES-PI).

“Nos últimos anos já passaram pelo Hemopi 450 pacientes com Anemia Falciforme, porém, queremos montar no Estado uma Rede de assistência a esses pacientes, para que eles possam receber toda a estrutura necessária aqui mesmo. E será através dessa capacitação aos nossos profissionais que iremos dar o primeiro passo para essa Rede”, explica a diretora do Hemopi, Bruna Eulálio.

Os próximos encontros entre os gestores da Sesapi e Hemopi resultarão em um documento consensual dos profissionais, sugerindo indicadores de qualidade e formas de treinamentos a esses profissionais, que, após montado todo o cronograma do curso, terá o documento enviado à Sesapi.

“Essa troca de experiência entre profissionais serve para avaliar e reordenar a atenção aos doentes. Queremos capacitar no primeiro momento 50 profissionais. Sem dúvidas, será um momento muito rico para a saúde pública do Piauí”, afirma Cristiane Moura Fé.

Doença falciforme

A doença falciforme é o mal genético mais comum na população brasileira, trazida da África pelos escravos, apesar da prevalência entre negros, a miscigenação tem acarretado inclusive em pacientes brancos com olhos azuis.

Devido a uma anormalidade na hemoglobina, os glóbulos vermelhos nela contidos se deformam em momentos de crise, assumindo o formato de foice. A deformação dificulta a passagem dos glóbulos pelos vasos, bloqueando a circulação do sangue e provocando muita dor e danos ao tecido da região afetada. As lesões podem ocorrer em diversas partes, como olhos, sistema osteoarticular, pele, sistema nervoso central, cardiopulmonar, urogenital e gastrointestinal.

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