Candidatos à presidência dos Estados Unidos se criticam antes do primeiro debate
Democrata Barack Obama se apresenta como político com conteúdo.
Os candidatos à presidência dos EUA lançaram criticas si nesta segunda-feira (1º), dois dias antes do primeiro debate das eleições de 2012 no país. Os americanos vão às urnas em 6 de novembro.
O democrata Barack Obama, que tenta reeleição, tentou estabelecer um contraste entre um político com conteúdo (que seria ele) e outro com estilo (Romney), e tenta apresentar-se como o "campeão" da deteriorada classe média.
Já o republicano Mitt Romney apontou para a tensão no Oriente Médio para pedir "uma nova estratégia" para a região e criticou uma suposta passividade dos EUA em relação aos acontecimentos mundiais.
O debate acontecerá em Denver, Colorado. Outros dois encontros acontecerão nas cinco semanas de campanha que restam antes da eleição.
Democrata
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a controvérsia será sobre a segurança dos americanos que trabalham duro e não entre quem tem a melhor retórica.
Antes de seguir para um resort no deserto de Nevada com o objetivo de se preparar para o debate, Obama aumentou a pressão sobre o adversário, que busca dar um giro na campanha antes do embate de quarta-feira.
"A imprensa já está especulando sobre quem terá as melhores frases... sobre quem vai conquistar mais pontos", disse Obama no domingo em um discurso para 11.000 pessoas no bairro latino de Las Vegas.
"O governador Romney é um bom debatedor... eu sou apenas ok", completou Obama, que viu sua popularidade aumentar nas já tradicionais especulações prévias aos grandes debates.
Obama tenta fazer que o encontro de quarta-feira, o primeiro de três debates entre os candidatos à presidência, estabeleça um contraste entre um político com conteúdo (ele) e outro com estilo (Romney), e tenta apresentar-se como o "campeão" da deteriorada classe média.
"O que mais me preocupa é manter uma discussão séria sobre o que precisamos fazer para manter o país em marcha e restaurar a segurança dos americanos que trabalham duro", afirmou Obama.
"Isto é o que as pessoas esperam ouvir, este é o debate que vocês merecem", completou o presidente.
Republicano
Mitt Romney lançou um novo ataque sobre a política para o Oriente Médio de Barack Obama, dizendo que os Estados Unidos estão avançando perigosamente para o caos na região, o que coloca a segurança do país "em risco".
Em um artigo de opinião no "Wall Street Journal", o candidato republicano à Presidência dos EUA apontou para os recentes acontecimentos na Síria, Líbia e Egito, e também a incerteza sobre Israel e Irã, e pediu "uma nova estratégia para o Oriente Médio", embora não tenha apresentado detalhes sobre seus planos para a região.
A crítica de Romney acontece em meio a uma nova onda de violência no Oriente Médio e depois que autoridades dos EUA reconheceram que o ataque ao consulado dos EUA na Líbia, que resultou na morte do embaixador norte-americano, foi um ataque deliberado de militantes ligados à Al Qaeda.
A acusação também precede o primeiro debate presidencial, na quarta-feira (3), no qual se espera amplamente que os candidatos se concentrem em questões de política interna, como a recuperação da economia, emprego e saúde.
Ainda assim, as críticas de Romney pretendem capitalizar sobre a instabilidade no Oriente Médio após as revoltas da Primavera Árabe.
Em seu editorial, Romney reiterou o argumento de que os Estados Unidos sob a administração de Obama "parecem estar à mercê dos acontecimentos, em vez de lhes dar forma."
O republicano, no entanto, deu poucos detalhes sobre suas propostas de mudança, mas disse que um novo curso significaria "restaurar a nossa credibilidade com o Irã".
"Quando dizemos que a capacidade de armas nucleares iraniana --e a instabilidade regional que vem com ela-- é inaceitável, devemos fazer com que os aiatolás acreditem em nós", escreveu Romney, que acusou Obama de ser muito duro com Israel, um aliado próximo dos EUA, e fraco com o Irã.
Ele também disse que a política do governo Obama em relação a Israel era incompreensível.
A nova estratégia de Romney também incluiria "usar o espectro completo de nosso poder brando para incentivar a liberdade e oportunidades para aqueles que conheceram, por muito tempo, apenas corrupção e opressão", acrescentou o ex-governador de Massachusetts.
Romney, um ex-executivo, citou também a mesma receita que ofereceu para reativar a economia dos EUA: empregos.
"A dignidade do trabalho e a capacidade para dirigir o curso de suas vidas são as melhores alternativas para o extremismo", escreveu.
Pesquisas
Obama supera atualmente por cinco pontos o republicano nas intenções de voto, segundo a pesquisa mais recente do instituto Gallup em todo o país e em vários estados-chave.
Uma pesquisa The Washington Post/ABC News divulgada nesta segunda-feira mostra Obama com 49% e Romney com 47% em nível nacional, mas com 52% contra 41% entre os eleitores dos estados indecisos.
Na mesma pesquisa, 55% dos entrevistados afirmaram acreditar que Obama será melhor no primeiro debate, enquanto apenas 35% apostam em Romney.
Imagem: ReproduçãoPresidente dos Estados Unidos Barack Obama discursa durante evento de campanha em Las Vegas no domingo (30), antes de se preparar para o debate em Denver, na quarta-feira (3)
O democrata Barack Obama, que tenta reeleição, tentou estabelecer um contraste entre um político com conteúdo (que seria ele) e outro com estilo (Romney), e tenta apresentar-se como o "campeão" da deteriorada classe média.
Já o republicano Mitt Romney apontou para a tensão no Oriente Médio para pedir "uma nova estratégia" para a região e criticou uma suposta passividade dos EUA em relação aos acontecimentos mundiais.
O debate acontecerá em Denver, Colorado. Outros dois encontros acontecerão nas cinco semanas de campanha que restam antes da eleição.
Democrata
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a controvérsia será sobre a segurança dos americanos que trabalham duro e não entre quem tem a melhor retórica.
Imagem: ReproduçãoCandidato republicano Mitt Romney sai da sede de sua campanha em Boston neste domingo (30)
Antes de seguir para um resort no deserto de Nevada com o objetivo de se preparar para o debate, Obama aumentou a pressão sobre o adversário, que busca dar um giro na campanha antes do embate de quarta-feira.
"A imprensa já está especulando sobre quem terá as melhores frases... sobre quem vai conquistar mais pontos", disse Obama no domingo em um discurso para 11.000 pessoas no bairro latino de Las Vegas.
"O governador Romney é um bom debatedor... eu sou apenas ok", completou Obama, que viu sua popularidade aumentar nas já tradicionais especulações prévias aos grandes debates.
Obama tenta fazer que o encontro de quarta-feira, o primeiro de três debates entre os candidatos à presidência, estabeleça um contraste entre um político com conteúdo (ele) e outro com estilo (Romney), e tenta apresentar-se como o "campeão" da deteriorada classe média.
"O que mais me preocupa é manter uma discussão séria sobre o que precisamos fazer para manter o país em marcha e restaurar a segurança dos americanos que trabalham duro", afirmou Obama.
"Isto é o que as pessoas esperam ouvir, este é o debate que vocês merecem", completou o presidente.
Republicano
Mitt Romney lançou um novo ataque sobre a política para o Oriente Médio de Barack Obama, dizendo que os Estados Unidos estão avançando perigosamente para o caos na região, o que coloca a segurança do país "em risco".
Em um artigo de opinião no "Wall Street Journal", o candidato republicano à Presidência dos EUA apontou para os recentes acontecimentos na Síria, Líbia e Egito, e também a incerteza sobre Israel e Irã, e pediu "uma nova estratégia para o Oriente Médio", embora não tenha apresentado detalhes sobre seus planos para a região.
A crítica de Romney acontece em meio a uma nova onda de violência no Oriente Médio e depois que autoridades dos EUA reconheceram que o ataque ao consulado dos EUA na Líbia, que resultou na morte do embaixador norte-americano, foi um ataque deliberado de militantes ligados à Al Qaeda.
A acusação também precede o primeiro debate presidencial, na quarta-feira (3), no qual se espera amplamente que os candidatos se concentrem em questões de política interna, como a recuperação da economia, emprego e saúde.
Ainda assim, as críticas de Romney pretendem capitalizar sobre a instabilidade no Oriente Médio após as revoltas da Primavera Árabe.
Em seu editorial, Romney reiterou o argumento de que os Estados Unidos sob a administração de Obama "parecem estar à mercê dos acontecimentos, em vez de lhes dar forma."
O republicano, no entanto, deu poucos detalhes sobre suas propostas de mudança, mas disse que um novo curso significaria "restaurar a nossa credibilidade com o Irã".
"Quando dizemos que a capacidade de armas nucleares iraniana --e a instabilidade regional que vem com ela-- é inaceitável, devemos fazer com que os aiatolás acreditem em nós", escreveu Romney, que acusou Obama de ser muito duro com Israel, um aliado próximo dos EUA, e fraco com o Irã.
Ele também disse que a política do governo Obama em relação a Israel era incompreensível.
A nova estratégia de Romney também incluiria "usar o espectro completo de nosso poder brando para incentivar a liberdade e oportunidades para aqueles que conheceram, por muito tempo, apenas corrupção e opressão", acrescentou o ex-governador de Massachusetts.
Romney, um ex-executivo, citou também a mesma receita que ofereceu para reativar a economia dos EUA: empregos.
"A dignidade do trabalho e a capacidade para dirigir o curso de suas vidas são as melhores alternativas para o extremismo", escreveu.
Pesquisas
Obama supera atualmente por cinco pontos o republicano nas intenções de voto, segundo a pesquisa mais recente do instituto Gallup em todo o país e em vários estados-chave.
Uma pesquisa The Washington Post/ABC News divulgada nesta segunda-feira mostra Obama com 49% e Romney com 47% em nível nacional, mas com 52% contra 41% entre os eleitores dos estados indecisos.
Na mesma pesquisa, 55% dos entrevistados afirmaram acreditar que Obama será melhor no primeiro debate, enquanto apenas 35% apostam em Romney.
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